O incremento da inteligência
Jogando pimenta...
Um detalhe interessante da história da vida, é que sempre a complexidade "média" cresceu e a inteligência junto (aliás, é "filha" da primeira).
Exemplifico: na fauna Ediacara temos apenas animais fixos que mais parecem plantas e as mais simples formas flutuantes.
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No Cambriano, já temos predadores com estruturas aptas ao predar, esboços de sistemas nervosos.
Mas nenhum dos predadores do Cambriano pode se comparar aos posteriores peixes.
Nem estes aos anfíbios e o período dos amniotas mais primitivos.
Igualmente, os dinossauros, como o T. rex, possuiam o cérebro do volume do cérebro de um gorila (se o corpo era grande e compensava "para baixo" as capacidades, é outra questão).
Raptores caçavam em grupos.
Neste mesmo período, os mamíferos já andavam pelas sombras e tocas, com cérebro grande em reação ao corpo.
Mesmo hoje, não podemos comparar o cérebro das mais antigas aves com as araras e papagaios (ainda mais considerando a proporcionalidade dos cérebros com seus corpos).
O mesmo para os cães, os mais sofisticados - no grupal - dos predadores terrestres, ou das orcas e golfinhos.
Qual o motivo disso?
O básico, é que diversidade gera uma complexidade "média" maior, e inteligência é um fator de sucesso garantido na predação.
Obs.: Expliquei por meio de um modelo matemático simples e didático a questão aqui:
E quem preda, por simples economia (balanço de energia), se alimenta melhor.
Explico: é melhor eu deixar a vaca comer a grama e engordar, digerindo aquele material difícil de digerir e depois ir lá e comê-la, aproveitando-me de todo o trabalho realizado.
Na verdade, o "parasitismo", em sua mais ampla definição, é a chave de tudo.
Sagan tratava bem a questão, dizendo que todos os animais parasitam, até indiretamente, as plantas (e somaria as cianobactérias, as ditas "algas microscópicas").
Por uma exocladística
Cladística: A cladística é um método de classificação que reflete as relações filogenéticas entre os organismos, baseado na análise de caracteres.
Destaquemos uma frase:
Existe mais diferença entre alguns tipos de bactérias do que entre você e um dinossauro.
Devemos considerar também que podem haver mundos onde a vida evoluiu produzindo apenas fotossintetizantes* e algo similar aos nossos fungos, permanentemente aos digerir, sem jamais o desenvolvimento de um sentido, uma percepção, um reflexo ou mesmo uma estrutura que permita movimentos, e por sem estes, jamais também uma inteligência.
E mesmo assim, similares aos nossos fungos, exatamente por isso, podem certas formas de vida extraterrestre apresentarem movimento, como os mixomicetes. Lembremos que temos formas de vida animais, na Terra, com fases da vida móveis, e fases fixas, como as hidras.
* Ou geotermossintetizantes, seres vivos que aproveitem fontes termais para produzir nutrientes, o que temos aqui na Terra, comprovadamente, embora não necessariamente não sendo oriundos de seres que num determinado momento no tempo dependeram - fizeram parte de ecossistemas - da energia do Sol.
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Algumas profecias
Profecias Exoplanetárias de Francisco, O Herege (ou P.E.F.!):
1) Serão cada vez mais raras as estrelas nas quais ainda não tenham sido descobertos sistemas planetários ou proto-planetários.
2) Serão cada vez mais descobertos sistemas planetários com distribuições relativamente comparáveis as de nosso sistema.
3) Serão descobertos mais e mais corpos na faixa ideal para a vida, tal como em nosso sistema solar.
Exobiologia está dentro da metodologia científica?
Na Wikipédia: Exobiologia
Análise simples:
1) Não se afirma que existam lesmas redondas verdes com pintinhas roxas em Gliese 581 d.** Observam-se a profusão de planetas pela galáxia, já em nossa proximidade (que não passa de uns 1000 anos-luz, 1% do diâmetro só da galáxia) e buscam-se observações que comprovem uma atmosfera oxidante, que por si já seria fortíssima evidência de vida.
**Entender a ironia desta frase, e seu objetivo, que contém profunda relação com a Filosofia da Ciência, é fundamental. Como sempre, recomendamos um de nossos mais esforçados trabalhos:
2) No "local", procura-se evidências de vida, nem que seja com técnicas e recursos que ainda nem dispomos, em Marte (talvez apenas fóssil), Europa e nos satélites de Saturno (destacadamente, Encélado).
3) Sempre existe a possibilidade de vida em cometas, asteróides e meteoritos, nem que seja como registro fóssil.
4) Na Terra, procura-se experimentações de que a vida se forme com relativa facilidade na escala planetária (qualquer planeta com as características próximas da Terra) e na química trivial pelo universo.
E por n mais outros motivos, é ciência tanto observacional quanto experimental.
Na verdade, é tão falseável que estamos em permanente teste das hipóteses "existe(existiu) vida fora da Terra" e sua contrária "não existe (existiu) vida fora da Terra". Perceba-se que a primeira exige apenas, por exemplo, encontrar-se um fóssil de mínima bactéria em Marte. A segunda, exige a impossível verificação em todo o universo, portanto, testamos por motivos de limitação, somente a primeira, que é caracteristicamente científica.
Recomendação de leitura
O artigo do qual foi tirada a comparação dos tamanhos de exoplanetas acima:
- John Timmer; For scientists seeking extraterrestrial life, Kepler probe is step one - arstechnica.com
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