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Sobre “informação em seres vivos”
A questão deve ser sempre melhor formulada.
Por que raios temos de considerar que a informação biológica seja uma informação com contexto humano, linguístico, lógico?
A informação do DNA é a perpetuação de arranjos moleculares.
Seres vivos não se reproduzem para perpetuar lógicas e línguas, mas apenas sobrevivem.
Uma lógica (exemplo, muito significativo: que dois mais dois são quatro) ou uma línguagem (como a frase que representa uma afirmação “os corvos são pretos”, em português, uma entre as diversas línguas do mundo), são perpetuadas relativamente no humano, em sua cultura.
Relativamente pois as línguas evoluem, ao ponto que em determinado momento no passado o que seja o português atual não existia, e apenas era algo parecido um tanto com o que seja o atual galego, em outros momentos e palavras parecido com o espanhol “castelhano” atual, e mais no passado, todas estas línguas também não existiam, e o que existiria seria uma língua anterior predominante chamada romance, e recuando mais ainda, forçando-se um tanto regionalização, etnias, culturas, o que fosse o “luso” e o imperial latim.
Línguas e sua evolução guardam uma íntima relação de mecanismos com o processo evolutivo dos seres vivos, mas como toda analogia, sempre limitada, guardam também significativas diferenças em outros mecanismos e processos.
Voltando às línguas que se perpetuam nos humanos, elas não se perpetuam pela genética, mas pelo aprendizado, estabelecimento na cultura, essas, sim, num substrato “médio” de cérebro humano e sua mente operacional.
O “maquinário” cerebral é genético, não o que o abastece.
Portanto, temos bem claro que sequer no que seja uma analogia entre linguagem (o português, digamos) e o que seja o código genético (que sempre relembro com o nome do filme GATTACA), e se linguagem, lógica (como a própria Matemática, Lógica sobre axiomas), é sempre limitada, claramente limitada, pois possuem mecanismos e processos bastante distintos.
Uma lógica (exemplo, muito significativo: que dois mais dois são quatro) ou uma línguagem (como a frase que representa uma afirmação “os corvos são pretos”, em português, uma entre as diversas línguas do mundo), são perpetuadas relativamente no humano, em sua cultura.
Relativamente pois as línguas evoluem, ao ponto que em determinado momento no passado o que seja o português atual não existia, e apenas era algo parecido um tanto com o que seja o atual galego, em outros momentos e palavras parecido com o espanhol “castelhano” atual, e mais no passado, todas estas línguas também não existiam, e o que existiria seria uma língua anterior predominante chamada romance, e recuando mais ainda, forçando-se um tanto regionalização, etnias, culturas, o que fosse o “luso” e o imperial latim.
Línguas e sua evolução guardam uma íntima relação de mecanismos com o processo evolutivo dos seres vivos, mas como toda analogia, sempre limitada, guardam também significativas diferenças em outros mecanismos e processos.
Voltando às línguas que se perpetuam nos humanos, elas não se perpetuam pela genética, mas pelo aprendizado, estabelecimento na cultura, essas, sim, num substrato “médio” de cérebro humano e sua mente operacional.
O “maquinário” cerebral é genético, não o que o abastece.
Portanto, temos bem claro que sequer no que seja uma analogia entre linguagem (o português, digamos) e o que seja o código genético (que sempre relembro com o nome do filme GATTACA), e se linguagem, lógica (como a própria Matemática, Lógica sobre axiomas), é sempre limitada, claramente limitada, pois possuem mecanismos e processos bastante distintos.
2
Sobre “evolução do código”
Já assisti debatedores de questões evolutivas questionarem por qual motivo o código genético não evoluiu.
Primeiro, que aí já há um erro, pois sabemos que os ácidos nuclêicos e suas bases evoluíram quimicamente, mas digamos que o debatedor esteja tratando do código expresso em DNA e suas bases “GATC”.
Acho interessante apresentar o erro desta pergunta como uma exigência ao mostrar que o mais simples poema grego não necessita de mais letras no seu alfabeto que a Ilíada completa, ou mesmo toda a biblioteca de Alexandria no que tange a escritos em grego.
A combinatória pode se tornar extremamente complexa, mas não necessita-se mais componentes a combinar.
O poema simples seria LUCA, o ancestral universal comum, ou a mais simples bactéria atual, evidentemente seu descendente pouco complexado - pois ainda simples - e o mais complexo seria, para a alegria de meus amigos biólogos, por exemplo uma mais complexa geneticamente que nós ovelha.
A natureza é econômica e ao ter obtido resultados melhores em perpetuação com o DNA que o RNA, não necessitou mais por puro capricho acrescentar mais peças para seu jogo, mais cartas para seu baralho, e mantém o seus jogo evolutivo há mais de três bilhões de anos.
Sobre “evolução do código”
Já assisti debatedores de questões evolutivas questionarem por qual motivo o código genético não evoluiu.
Primeiro, que aí já há um erro, pois sabemos que os ácidos nuclêicos e suas bases evoluíram quimicamente, mas digamos que o debatedor esteja tratando do código expresso em DNA e suas bases “GATC”.
Acho interessante apresentar o erro desta pergunta como uma exigência ao mostrar que o mais simples poema grego não necessita de mais letras no seu alfabeto que a Ilíada completa, ou mesmo toda a biblioteca de Alexandria no que tange a escritos em grego.
A combinatória pode se tornar extremamente complexa, mas não necessita-se mais componentes a combinar.
O poema simples seria LUCA, o ancestral universal comum, ou a mais simples bactéria atual, evidentemente seu descendente pouco complexado - pois ainda simples - e o mais complexo seria, para a alegria de meus amigos biólogos, por exemplo uma mais complexa geneticamente que nós ovelha.
A natureza é econômica e ao ter obtido resultados melhores em perpetuação com o DNA que o RNA, não necessitou mais por puro capricho acrescentar mais peças para seu jogo, mais cartas para seu baralho, e mantém o seus jogo evolutivo há mais de três bilhões de anos.
3
Notas sobre codificação na natureza
Seguidamente é aplicada a falácia que julgamos “barata” de comparar o que seja a "codificação" que é o DNA com uma codificação humana, como um livro.
Tanto isto é falso quando bem analisado, e uma analogia bastante limitada, que a própria replicação do DNA mostra que ele não executa de maneira lógica, e sim, química (e nisto quântica), e nisto falha.
Portanto, em seu próprio processo de reprodução ele mostra que não é planejado, mas no máximo produz formas que sejam sobreviventes, e novamente, entre os seres vivos como desde os casos mais evidentes nas populações e suas variedades, sobrevivente.
Reforcemos, a natureza erra, mesmo, o julgado sofisticado e "inteligente" DNA.
Em tempo: Toda a polimerização implica na formação, de certa maneira, de um "código".
O nylon 6,6, por exemplo, "codifica" a posição da ligação amida a espaçados 6 átomos de carbono, e se forma a partir de ácido adípico e hexametilenodiamina.
Analogamente, o chamado nylon 510, é resultante da pentametilenodiamina e ácido sebácico, sendo, portanto, um espaçamento respectivamente de 5 e 10 átomos de carbono.
Logo, qualquer polimerização, a partir de moléculas específicas, mostra uma "codificação", e derruba a necessidade de uma orientação além das moleculares para ocorrer, e mesmo assim:
Mais uma vez: Teleologia alguma se evidencia na natureza.
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Teleologia
Teleologia, do grego telos, finalidade, mais logos, estudo, é o estudo filosófico relativo às finalidades. Immanuel Kant tratava de um "juízo teleológico" em sua Crítica do Juízo. Toda a investigação ou especulação, seja ela histórica ou filosófica que tenha como eixo a busca pelo objetivo é considerada teleológica. - João Nicolao Julião; Foucault, intérprete de Nietzsche; revista Filosofia, Número 29 ISSN 1984-1388
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha, continuem, no entanto de bom grado menores durante toda a vida; e é por isso que é tão fácil os outros instituírem-se seus tutores. - Kant
O homem comum é exigente com os outros; o homem superior é exigente consigo mesmo. - Imperador Marco Aurélio