E segue minha garimpagem “de um princípio tão simples”...
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Last Universal Common Ancestor had a complex cellular structure - news.illinois.edu/blog/view
Novas evidências sugerem que LUCA era um organismo sofisticado, afinal de contas, com uma estrutura complexa reconhecível como uma célula, relatam os pesquisadores. Seu estudo aparece na revista Biology Direct. O estudo dá suporte a uma hipótese de que a LUCA pode ter sido mais complexo do que os organismos mais simples vivos hoje, disse James Whitfield, professor de entomologia em Illinois e co-autor do estudo.
A estimativa do conteúdo de genes de LUCA parece ser substancialmente mais alta do que a proposta anteriormente, com um número típico de mais de 1000 famílias de genes, das quais mais de 90% também são funcionalmente caracterizadas. Um genoma bastante complexo semelhante ao dos procariotas livres, Com uma variedade de capacidades funcionais, incluindo transformação metabólica, processamento de informação, membrana / proteínas de transporte e regulação complexa, compartilhada entre os três domínios da vida, emerge como o progenitor mais provável da vida na Terra.
Ouzounis CA1, Kunin V, Darzentas N, Goldovsky L.; A minimal estimate for the gene content of the last universal common ancestor--exobiology from a terrestrial perspective. Res Microbiol. 2006 Jan-Feb;157(1):57-68. Epub 2005 Dec 19. - www.ncbi.nlm.nih.gov
Resumo
Usando um algoritmo para a inferência do estado ancestral do conteúdo de genes, dado um grande número de seqüências de genomas existentes e uma árvore filogenética, pretendemos reconstruir o conteúdo do gene do último antepassado comum universal (LUCA), uma hipotética forma de vida que presumivelmente foi o progenitor Dos três domínios da vida. O método permite a perda de genes, anteriormente considerada um fator principal na formação do conteúdo de genes, e assim a estimativa do conteúdo de genes de LUCA parece ser substancialmente mais alta do que a proposta anteriormente, com um número típico de mais de 1000 famílias de genes, das quais mais Mais de 90% também são funcionalmente caracterizados. Mais precisamente, quando apenas consideram-se procariontes, o número varia entre 1006 e 1189 famílias de genes enquanto quando eucariotas também são incluídos, este número aumenta para entre 1344 e 1529 famílias dependendo da árvore filogenética subjacente. Portanto, a crença comum de que o genoma hipotético de LUCA deve se assemelhar aos dos genomas sobreviventes mais pequenos de parasitas obrigatórios não é suportado por avanços recentes na genômica computacional. Em vez disso, um genoma razoavelmente complexo, semelhante aos dos procariotas de vida livre, com uma variedade de capacidades funcionais, incluindo transformação metabólica, processamento de informação, proteínas de membrana / transporte e regulação complexa, partilhada entre os três domínios da vida, surge como o progenitor mais provável Da vida na Terra, com profundas repercussões na exploração planetária e na exobiologia.
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Ao que me parece, este link encontra-se morto, e não localizei o artigo, logo, o reproduzo.
Nos nossos arquivos: Fabiano Menegidio - Do po da Terra o homem Da roupa suja o rato
Do pó da Terra: o homem; Da roupa suja: o rato - Fabiano Menegidio.
"In essence, once upon a time, there was a dead rock that oozed non-living, primeval, prebiotic, organic soup (Lahav, 1999; Miller and Levine, 1991; Hoyle and Wickramasinghe, 1978). One day, lightning struck, and that soup came to life."
Tradução: “Em essência, havia uma vez uma rocha morta que exsudava sopa não-viva, primitiva, prebiótica e orgânica (Lahav, 1999; Miller e Levine, 1991; Hoyle e Wickramasinghe, 1978). Um dia, um raio atingiu, e aquela sopa veio à vida.”
"In essence, once upon a time, there was a dead rock that oozed non-living, primeval, prebiotic, organic soup (Lahav, 1999; Miller and Levine, 1991; Hoyle and Wickramasinghe, 1978). One day, lightning struck, and that soup came to life."
Tradução: “Em essência, havia uma vez uma rocha morta que exsudava sopa não-viva, primitiva, prebiótica e orgânica (Lahav, 1999; Miller e Levine, 1991; Hoyle e Wickramasinghe, 1978). Um dia, um raio atingiu, e aquela sopa veio à vida.”
Um dos argumentos contrários mais lidos e propagados quando se fala da Teoria da Evolução é o da impossibilidade do surgimento da vida por processos relacionados a abiogênese. Os críticos geralmente iniciam sua alegação com base em argumentos falaciosos como "todos evolucionistas acreditam que a vida veio do nada" e vinculam essa informação a abiogênese para depois refutá-lo com frases como "Pasteur e outros cientistas provaram que não existe a geração espontânea e estabeleceram a 'Lei da Biogênese', ou seja, que somente vida gera vida". Um exemplo clássico desse argumento encontra-se nos textos "The Law of Biogenesis [1] [2]" e "É a abiogénese irrelevante para a teoria da evolução?" de Jeff Miller.
A frase em destaque acima está disponível na primeira parte do texto "The Law of Biogenesis" e podemos notar a construção com base em três citações provenientes de livros de um grande e robusto espantalho para ser atacado pelos corvos da incredulidade. O autor tenta nos convencer que os teóricos evolucionistas acreditam que a vida surgiu através de um simples raio que atingiu uma pedra existente em uma sopa primordial e que graças a esse evento único todos os seres vivos teriam surgido.
A ideia apresentada pelo autor pode ser identificada como uma falácia conhecida como falácia do homem de palha (ou falácia do espantalho), onde um dos debatedores substitui um determinado argumento por uma versão distorcida e exagerada, e que representa de forma errada esta posição. Geralmente essa falácia surge de forma proposital para facilitar a refutação de um argumento, mas pode ocorrer que surja também quando o interlocutor não entende o argumento que deseja refutar.
Os dois textos são exemplos de um erro básico propagado pelos críticos das teorias evolutivas (desde o surgimento do Darwinismo até a Teoria Sintética da Evolução) de que essas teorias tentam explicar o surgimento da vida na Terra, as vezes advogando que a Teoria da Evolução tenta explicar até o surgimento do Universo.
Desde o seu surgimento a Teoria da Evolução não tenta explicar a Origem da Vida e nem a do Universo, mesmo ambos sendo fatores importantes para que a Evolução exista. Da mesma forma que não precisamos de um conhecimento histórico de como surgiu o primeiro automóvel para dirigi-lo e entender seu funcionamento, não precisamos saber quais foram os fatores relacionados ao surgimento da vida para entende-la e analisarmos se a mesma evoluiu ou não. Para a Teoria Sintética da Evolução não importa se a vida surgiu pela hipótese heterotrófica, pelos modelos hidrotermais, pelos modelos abstratos, pelos modelos metabólicos, através do "Mundo de RNA", pela Panspermia, pela Ecopoese, por uma ação divina, através de testes alienígenas, ou qualquer outra concepção; o que importa é que após o seu surgimento, a vida não permaneceu estática na Terra como defendido pelos Fixistas e que essa vida teve uma ancestralidade comum com base em todas as evidências corroboradas.
Os textos também falham em definir a abiogênese e os ditos experimentos que invalidaram essa hipótese. O termo abiogênese na história da Ciência pode ser empregado para pelo menos duas hipóteses diferentes : "geração espontânea e origem química da vida".
Costuma-se dizer frequentemente que todas as condições necessárias para o surgimento de um ser vivo encontram-se presentes agora como sempre se encontraram. Mas se (e como é grande esse se!) nós pudéssemos imaginar que, nos dias de hoje, em alguma poçazinha tépida, com todos tipos de sais amoníacos e fosfóricos, luz, calor, eletricidade, etc., estando presentes, um composto protéico estivesse quimicamente formado e pronto para sofrer mudanças mais complexas, tal composto seria imediatamente devorado ou absorvido, o que não teria ocorrido antes dos seres vivos terem sido formados.
Charles Robert Darwin
Tratando-se da primeira definição, ela foi defendida por diversos filósofos e pensadores como Anaximandro, seu pupilo Anaxímenes, Xenófanes, Parmênides, Empédocles, Demócrito, Anaxágoras, Thales, Platão, Epicuro, São Tomás de Aquino, Paracelso, Goethe, Copérnico, Galileu, Francis Bacon, Descartes, entre outros; sendo que esse processo era explicado de diferentes formas por cada filósofo citado. Um dos maiores defensores dessa visão foi Aristóteles que juntou diversos conceitos anteriores e formulou uma síntese que foi utilizada e defendida por muito tempo. Em sua síntese, Aristóteles descrevia que os animais eram gerados normalmente por organismos idênticos, mas podiam também originar-se de matéria inerte. Ele dizia que todas as coisas possuíam um "principio passivo" que seria a matéria e um "principio ativo" que seria a forma, com isso todas as coisas existentes surgiam através de uma conjugação de principio ativo e principio passivo. Essa ideia foi transmitida durante os séculos seguintes por um grande número de pensadores, sendo que pesquisadores sérios chegaram a produzir receitas para geração espontânea de organismos, como o médico Johann Baptista van Helmont que sugeriu a seguinte receita para produção de camundongos: "num jarro, colocar algumas roupas de baixo suadas e depois cobrir com trigo, após 21 dias ocorre a geração de camundongos adultos e totalmente formados".
Diferente do que é pregado pelos críticos da Teoria da Evolução, a hipótese da geração espontânea defendia o surgimento de seres vivos totalmente formados a partir da matéria inanimada num curto espaço de tempo e não o surgimento da vida primitiva através de matéria inorgânica. Essa visão de abiogênese aristotélica ficou bem estabelecida durante séculos na comunidade cientifica e chegou a ser defendida, por exemplo, por Lamarck que acreditava numa transmutação das espécies mas dizia que as espécies mais basais surgiam por geração espontânea e se transformavam nas mais complexas com o passar do tempo, nos levando a existência de espécies mais e menos complexas durante o tempo geológico (nesse caso com grau progressista, por Lamarck acreditar nessa característica evolutiva). Essa hipótese só foi desacreditada pela comunidade científica depois dos experimentos realizados por Pasteur e Tyndall que comprovaram em definitivo a impossibilidade de surgimento de seres vivos totalmente formados a partir da matéria inanimada num curto espaço de tempo e não que a vida extremamente primitiva não possa se formar a partir de moléculas cada vez mais complexas.
Já a segunda definição para abiogênese está interligada a área de estudo da origem química da vida, as vezes chamada de evolução química (vale destacar novamente que mesmo utilizando-se da palavra evolução essa linha de pesquisa não está ligada na Teoria Sintética da Evolução), biopoese (do grego bio, vida, + poiéo, produzir, fazer, criar) e até mesmo sendo definida como biogênese na visão de Teilhard de Chardin. Diferente do conceito aristotélico, essa forma de abiogênese não propõe o surgimento espontâneo de formas de vida complexa e sim o surgimento da vida desde moléculas simples até formas mais complexas, onde essas moléculas precursoras estariam entre a "vida" e "não vida" de forma muito similar aos príons e vírus hoje. Outro ponto interessante de se destacar é que diferente do espantalho criado por Jeff Miller, essa vida não teria surgido em um evento único podendo ter surgido em diversos momentos do tempo geológico e de formas diferentes, passando por processos de extinção até se fixar. Dentro dessa visão de origem existem diversas hipóteses de como foi o surgimento da vida, sendo que todas são órfãs e não fazem parte da Síntese Evolutiva. Uma dessas teorias seria a heterotrófica criada por Oparin que defende que compostos orgânicos teriam sofrido reações em um ambiente aquoso que os levava a níveis crescentes de complexidade molecular, eventualmente formando agregados coloides, ou coacervados. Dentro dessa definição de abiogênese também temos a hipótese do "Mundo de RNA" proposta por Walter Gilbert, em que o mundo atual com vida baseada principalmente no DNA e proteínas foi precedido por um mundo em que a vida era baseada em RNA. Essas duas teorias não são as únicas hipóteses que tentam explicar o surgimento da vida dentro desse contexto de abiogênese existindo muitas outras, como a Panspermia (surgimento da vida fora da Terra) e a Ecopoese. Além disso, essas teorias podem ser complementares e não trabalharem de forma isolada, pois poderiamos ter um surgimento da vida por processo de Panspermia baseada em formas de RNA e sua evolução para a vida composta de DNA.
Como observado por James Hutton enquanto formulava a corrente de pensamento geológico conhecida como uniformitarismo: "os acontecimentos do passado são resultado de forças da Natureza idênticas às que se observam na atualidade", nesse caso o não conhecimento de como realmente a vida surgiu não atrapalhará em nada o entendimento de como ela se comporta e como se comportará no decorrer do tempo.
Ambos os artigos citados forneceriam muito mais conteúdo para refutações como a tentativa de interligar a Teoria Evolutiva ao Ateísmo, a afirmação de existência de uma Lei da Biogênese e as ditas admissões de evolucionistas sobre a abiogênese, mas deixarei esses temas para artigos futuros.
O que vale comentar novamente no final desse artigo é que as hipóteses para o surgimento da primeira forma de vida não fazem parte do escopo de explicação da Teoria Sintética da Evolução e a ausência de uma boa explicação atualmente não invalida os estudos sobre a evolução e surgimento das espécies no decorrer do tempo geológico.
Recomendação para leitura:
From spontaneous generation to prebiotic chemistry
Dimas A. M. Zaia
Departamento de Química, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina, CP 6001, 86051-990 Londrina, PR
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Uma imagem para explicar uma coisa simples, necessária, julgo, ao texto anterior.
Somos descendentes de LUCA, mas não é isso afirmar que LUCA não seja descendente de uma outra árvore “menor”, “anterior” da vida.
Somos descendentes de LUCA, mas não é isso afirmar que LUCA não seja descendente de uma outra árvore “menor”, “anterior” da vida.
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ORIGEM DA VIDA PODE TER ENCONTRADO O SEU ELO PERDIDO - netnature.wordpress.com
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Keller MA, Turchyn AV, Ralser M; Non-enzymatic glycolysis and pentose phosphate pathway-like reactions in a plausible Archean ocean; Mol Syst Biol. 2014 Apr 25;10:725. doi: 10.1002/msb.20145228. - www.ncbi.nlm.nih.gov
Resumo
As sequências de reação do metabolismo central, da glicólise e da via de pentose fosfato proporcionam precursores essenciais para ácidos nucleicos, aminoácidos e lípidos. No entanto, suas origens evolutivas ainda não são compreendidas. Aqui, nós fornecemos a evidência que a sua estrutura poderia ter sido dada forma fundamental pelos ambientes químicos gerais nos oceanos mais adiantados da terra. Reconstruímos cenários potenciais para oceanos do Arqueano prebiótico com base na composição de sedimentos iniciais. Relatamos que o meio de reação resultante catalisa a interconversão de metabólitos que em organismos modernos constituem a glicólise e a via de pentose fosfato. As 29 reações observadas incluem a formação e / ou interconversão de glicose, piruvato, o precursor de ácido nucleico ribose-5-fosfato e o precursor de aminoácido eritrose-4-fosfato, reações anti-retroativas semelhantes às utilizadas pelas vias metabólicas. Além disso, o mimético do oceano Arqueano aumentou a estabilidade dos intermediários fosforilados e acelerou a taxa de reações intermediárias e a produção de piruvato. A capacidade catalítica do ambiente oceânico reconstruído era atribuível ao seu conteúdo em metais. As reações foram particularmente sensíveis ao ferro ferroso Fe (II), que se entende ter tido altas concentrações nos oceanos arqueanos. Estas observações revelam que as sequências de reação que constituem o metabolismo central do carbono poderiam ter sido limitadas pelo ambiente oceânico rico em ferro do Arqueano primitivo. A origem do metabolismo poderia assim remontar ao mundo prebiótico.
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Um artigo brasileiro apresentado pelos defensores do DI como uma “prova” de que a origem da vida não ocorreu por processos naturais.
Synthetic Routes of the Fundamental Building Blocks of Life: Computational Study of The Reaction Free Energy Kelson M. T. Oliveira & Elaine Harada
Revista Processos Químicos / SENAI. Goiânia, v.9, n.18, ano 9, jul/dez 2015. Edição Especial XVIII SBQT - pg 139 - www.senaigo.com.br
Nos nossos arquivos:
Revista Processos Quimicos SENAI - JULDEZ2015 - ED ESP - drive.google.com
Vamos direto para as conclusões:
“Nenhuma das reações abióticas investigadas da síntese de ácidos nucleicos mostrou DGr positiva em todos os seus estágios. Os valores calculados não contemplam uma ocorrência espontânea destas reações de forma abiótica. A formação de seqüências de nucleotídeos, considerando a presença de todos os componentes em um ambiente de reação abiótica, também resultou em valores positivos. Neste caso, mesmo com todos os componentes presentes, não há formação de sequências de nucleótidos. Na presença de desoxinucleótidos completos existe a possibilidade de formação espontânea de sequências maiores. No entanto, a formação destes desoxinucleótidos permanece não espontânea, o que impede a geração de sequências mais longas. Finalmente, as reações com nucleósidos completos que exibem uma ponte fosfodiéster, não garantem que sequências de ADN maiores possam ser formadas continuamente. Portanto, sugere-se que outras reações e propostas devem ser investigadas exaustivamente antes de dar uma palavra final sobre o aparecimento de bases de vida a partir de um ambiente abiótico.”
Exato!
As reações não se deram por apenas os reagentes propostos, mas pela ação de catálise, tanto de argilas (entre outros minerais propostos) como já por primeiro peptídeos formados até por colisões de cometas e asteroides.
Aqui, nesta série, serão encontradas referências destes processos e suas diversas hipóteses.
Já as polimerizações posteriores, na macroestrutura que é o RNA, é também conduzida por polimerases (o mais correto seria dizer “protopolimerases”, mas espero ter ficado claro o conceito, e não se dá “ao acaso”. Isto é a falácia de Hoyle, mesmo que sutilmente modificada.
O artigo se torna muito útil por compilar as diversas rotas “isentas de catalisadores” propostas para a formação dos nucleotídeos, e aqui, devemos destacar, pode ter havido um período na origem da vida em que haviam “protonucleotídeos”, que não sobreviveram a seleção química que resultou nos atuais.
“Nenhuma das reações abióticas investigadas da síntese de ácidos nucleicos mostrou DGr positiva em todos os seus estágios. Os valores calculados não contemplam uma ocorrência espontânea destas reações de forma abiótica. A formação de seqüências de nucleotídeos, considerando a presença de todos os componentes em um ambiente de reação abiótica, também resultou em valores positivos. Neste caso, mesmo com todos os componentes presentes, não há formação de sequências de nucleótidos. Na presença de desoxinucleótidos completos existe a possibilidade de formação espontânea de sequências maiores. No entanto, a formação destes desoxinucleótidos permanece não espontânea, o que impede a geração de sequências mais longas. Finalmente, as reações com nucleósidos completos que exibem uma ponte fosfodiéster, não garantem que sequências de ADN maiores possam ser formadas continuamente. Portanto, sugere-se que outras reações e propostas devem ser investigadas exaustivamente antes de dar uma palavra final sobre o aparecimento de bases de vida a partir de um ambiente abiótico.”
Exato!
As reações não se deram por apenas os reagentes propostos, mas pela ação de catálise, tanto de argilas (entre outros minerais propostos) como já por primeiro peptídeos formados até por colisões de cometas e asteroides.
Aqui, nesta série, serão encontradas referências destes processos e suas diversas hipóteses.
Já as polimerizações posteriores, na macroestrutura que é o RNA, é também conduzida por polimerases (o mais correto seria dizer “protopolimerases”, mas espero ter ficado claro o conceito, e não se dá “ao acaso”. Isto é a falácia de Hoyle, mesmo que sutilmente modificada.
O artigo se torna muito útil por compilar as diversas rotas “isentas de catalisadores” propostas para a formação dos nucleotídeos, e aqui, devemos destacar, pode ter havido um período na origem da vida em que haviam “protonucleotídeos”, que não sobreviveram a seleção química que resultou nos atuais.
.Assim, o que o artigo corrobora é o que já sabemos, que as rotas exigem catálise, e não corrobora - e nem poderia, que as rotas não ocorreram.