quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Júnior", o Recalcitrante


Não, não sou eu com dor de cabeça de ler bobagens de criacionistas.

Primeiro, alguns pontinhos:

1) Tenho sido displicente nas últimas semanas com este blog, por motivos profissionais acima de tudo, e também porque estou preparando um texto "monstro", similar ao anterior.

2) Tenho atualmente a meta de um artigo a cada 200 visualizações, portanto, para manter aproximadamente tal ritmo, colarei aqui uma bobagem, até divertida, mas não sendo honesto com meus poucos leitores, e muito menos, seguindo o sábio conselho de Shakespeare, através de Polônio, em Hamlet:

"Sê fiel a ti próprio: segue-se disso, como o dia à noite, que a ninguém serás falso jamais".

Existe um molequinho, mais que impertinente, que adora postar comentários que só depõe contra sua respeitabilidade em meus artigos na Knol, com os argumentos mais estapafúrdios e até desconexos com seus próprios dogmas. Uma curiosidade é que tal personagem usa a imagem de "Jesus nas nuvens iluminado", o que por si só já daria análise de meus amigos da área da Psicologia e Psiquiatria, mas isto deixo para outra hora...

O conjunto de pérolas a seguir, e o que tentaremos extrair de tais amargos pequenos frutos, é o que interessa. Antes de tudo, agradecimentos ao "Júnior", pois devemos sempre lembrar do grande alemão maluco bigodudo:

"O que não me faz morrer me torna mais forte."
Que meu personagem, Francisco, O Herege, adaptou:
Ide e divulgai minha sabedoria: que os pequenos pelos encravados* são o que farão à mão cuidadosa e aos olhos atentos, produzir as belas e cuidadas peles.
*Os termos aqui não são bem esses.
Ou...
As terríveis ressacas os farão resistentes aos mais fortes destilados.

Assim, bebendo do veneno de "Júnior", nos vacinemos contra a estupidez, e abordemos alguns pontos do que seja a solidez da Evolução dos Seres Vivos como fato (e dentro do possível, nos divertamos com isso e divulguemos Ciência e Filosofia, com garrafais letras).

Portanto, coragem e boa leitura!

"Júnior": Bananas na maioria não tem semente só as selvagens.

Minha resposta:

1o) Pouco interessa para a bobagem sem nexo que é o "argumento da banana", que por sinal, nasceu de uma piada dos biólogos exatamente para fazer criacionistas dizerem MAIS besteiras.
2o)Pouco interessa que tivessem até chifres, ainda sim, espécies não seriam fixas exatamente porque somente bananas selvagens tem sementes, exatamente como VOCÊ afirma.

Observações: Criacionistas e outros "pseudos" seguidamente apresentam pontos que depõe contra sua própria argumentação. Assim, ao afirmarem por exemplo os defensores do design inteligente que o designer age, implicam em que age sobre uma forma de vida, logo, evolução ocorre. Quando afirmam como no caso que uma espécie É ASSIM quando selvagem, mas se modificou, igualmente.

Afirmarem que "continuou banana" ou bobagem similar, basta responder que "continuamos amniotas", mesmo quando perdemos a cauda, ou ganhamos polegares opositores, ou "continuamos peixes" ou "continuamos vermes de simetria lateral".

Outro dia, até ouvi de pessoa que me é muito simpática o clássico "mas isto é como a questão -o que veio primeiro, o ovo ou a galinha?".

O que a primeira vista parece um dilema insolúvel, ao primeiro estudo, mesmo primário, de Biologia, e nesta sua teoria eixo, e mais que isso, entender o fato que é a evolução, independentemente de seus mecanismos já nos ensina: uma protogalinha, e de "sua frase": -o que veio primeiro, o ovo ou a protogalinha?", uma "protoprotogalinha", e sem usar estes termos, mais adequados a quem trata a coisa tendencialmente por uma abordagem de lógica aplicada (filosófica), apenas por questões didáticas, sob a ótica da Biologia:

n-1: Uma ave do gênero Gallus

n-2: Uma ave da família Phasianidae

n-3: Uma ave da ordem Galliformes

n-4: Uma ave, pelos menos, pela cladística atual - e acrescentar centenas de outras classificações não vai mudar a firmeza da marcha de nosso raciocínio.

n-5: Um Chordata, inclusive, não mais com ovos de casca dura e , num determinado ponto no passado, que necessitavam colocar seus ovos n'água, aliás, como os anfíbios de nossos dias.

E assim até L.U.C.A., de onde, e do qual, por sinal, todos adviemos e somos apenas "galinhas" botando novos ovos, ou parindo novas crias (e até fazendo brotar algo novo de nossas costas). Assim, o problema não é a galinha ou o ovo inicial de uma galinha, mas como associaram-se moléculas em colaboração para produzir galinhas..., perdão, L.U.C.A.s, que inicialmente (e ainda hoje, em muitas de suas variações) dividiam-se em novos L.U.C.A.s ligeiramente diferentes. E infelizmente para estes patéticos personagem, afirmar que não sabemos EXATAMENTE como tal processo se deu não serve para afirmar com mínima segurança que tal NÃO se deu, muito menos que não se deu e necessariamente ocorreu pela ação de seu fantasmão providente, curiosamente, o mesmo que se expressa com frases um tanto desconexas em péssimo hebraico e ainda pior grego em determinado compêndio de livros escolhido por determinado governo que até escrevia em razoável latim, citando, mais uma vez, com adaptações, o bigodudo alemão.

Assim, um raciocínio com "séries infinitas impossíveis" a KANT ou bobagem filosofóide similar, como as pelas quais já enveredaram pseudos de retórica bastante mais poderosa, como o obscuro senhor Olavo de Carvalho, pulando premissas simples que derrubam qualquer raciocínio simplório, tornam-se desnecessários, e desprezam-se "sequências infinitas", pois nem as galinhas existiram pela eternidade, nem os continentes onde ficam os galinheiros de minha infância, nem o planeta onde tais continentes navegam em rocha no tempo geológico fluida, nem o sistema solar onde nossa bolinha insignificante orbita, e aliás, nem a gotícula espaço-temporal cheia de míseros menos de 10^80 átomos (se não me falha a memória - e ainda que fossem 10^800 ou 10^(10^80) ainda seriam LIMITADOS, inclusive no tempo, em sua apresentação e organização).

A seguir, apresentei o sábio conselho, sempre desprezado, que deve ser repetido AD NAUSEAM por todos, a todos que enveredam por negar o inegável e sustentar o insustentável:
-Agora vai estudar e pare de perder tempo tentando discutir o que não tem as mínimas condições nem mesmo culturais para tentar.

Nosso amigo "Júnior" deveria lê-lo e relê-lo com mais atenção, antes de escrever o que está por vir. E aqui numeremos o perolar, pois será prolífico e de complexa análise.

"Júnior": As evidências da evolução não são imparciais.(1)
Todo biólogo, naturalista, zoólogo e todos os outros especialistasvivem de mentiras, cada um mentindo para si mesmo.(2)
Tenho certeza que cada um conhece pelo menos 10 casos que vão contra a teoriairrefutavelmente e mesmo assim ignoram.(3)
Tudo que vai contra essa teoria é ignorado, a maior parte dos testestem resultado negativo e tudo que eles conseguem é muita dor decabeça.(4)
Das evidências da evolução, algumas não poderiam ser usadasuma vez que não são considerados todos os fatos e fatores, muito material é omitido; é uma fé cega.(5)
Você quer tentar refutar algumas dessas irrefutáveis verdades? Então responda: Qual a probabilidade de uma briófita nascer em uma ilha?(6)

Minha resposta no comentário ao Knol:

- Por favor, menino, no que raios uma população se implantar num "locus" pode servir como argumento contra a evolução dos seres vivos?


- Leia um sábio conselho: poupe-se de ridículo.

(Como diria o grande Motta, em adaptação de outro autor ainda mais poderoso: "A bom entendedor, meia palavra basta; aos maus entendedores, milhares de discursos não surtirão efeito.")

Mas como agora disponho de tempo, e no meu Blog não tenho de ser nem um pouco comedido nem moderado, nem sou passível de punição de algum tipo...

(1) Tanto as evidências da evolução são imparciais que são FATOS e EVENTOS (aqui, um determinado aristotelismo é adequado) são naturais, e nada mais imparcial que a natureza. Ela torra sob lava fluxos piroplásticos, asfixia com gases vulcânicos, afoga sob tsunamis e inundações, e esmaga sob quedas de meteoros mesmo os mais fiéis dos cristãos e infiéis dos brâhmanes. Pouco se interessa que tenhamos escamas ou penas, respiremos pela pele ou por fumantes em nossos rituais pulmões. A natureza é a testemunha impassível das testemunhas impassíveis.
Ela é o todo onde tudo acontece.
E neste tudo acontece, está o surgir da vida a partir de reações químicas, o mudar de tal vida desde os protozoários e algas microscópicas até animais que celebram seus deuses em medíocres arquiteturas, derrubáveis ao menor estremecer de uma parte mínima da crostra terrestre, de maneira tão banal quanto eu quando criança tinha como passatempo perturbar formigas, animal que hoje sou imenso admirador, e sobre o qual considero que deveríamos muito aprender para nossa sobrevivência futura.

Sobre isso, uma pausa: formigas e abelhas trabalham todas como escravas, e nenhuma é senhora para seus luxos de outra formiga ou abelha, e mesmo o que parece uma confortável situação, é uma vitalícia escravidão ao conjunto de sua sociedade. Ao contrário de determinados macacos pelados, não escreveram livros sagrados onde recomendam a escravidão de quem não seja de sua fé grupal, por sinal, esquizofrenicamente codificada no mesmo livro, por sinal, sob controle de determinada casta específica e eleita para tal fim, normalmente, por si própria.

Mas retornando: nada mais proveitoso para o medíocre pesquisador que um pesquisador minta, fraude.
Explico este ponto. Se um pesquisador fraudar um fóssil ou qualquer "descoberta", ganhará notoriedade aquele que o desmascarar, mesmo que nisto não apresente descoberta alguma. Ciência vive inclusive, e a fama de quem a produz igualmente, não só na "produção de gemas artificiais" a partir de materiais triviais, mas também da lapidação de aparentemente grandes descobertas, da lapidação de gemas brutas, do aparar de arestas. Espero que a metáfora seja adequada e instrutiva.

Se um chinês (ou qualquer outra nacionalidade, sejamos bem claros) monta fóssil aparentemente interessante com dois ou mais fragmentos aparentemente coerentes, e apresenta como fóssil importante, e é desmascarado, outro chinês que o desmascare (ou até apresente seus honestos erros, sejamos mais moderados), ganhará páginas de notoriedade, e ainda assim, colaborará com ciência sólida. Mas convenhamos que se a "perigosa idéia do naturalista que ocupou o Beagle" fosse uma sandice, ou mesmo uma desonestidade, 150 anos de milhares de pesquisadores de todos os quilates já a teriam derrubado.
Por outro ponto interessante, e mais gritante como claro ainda, bastaria os Criacionistas apresentarem o PUFAR de um simples e simpático elefante, pelos mecanismos que bem o entendessem, e toda a evolução como FATO desmoronaria, ou mesmo derrubar as simples e evidentes mutações, ou mesmo a ainda mais clara seleção natural - que aliás, segundo os próprios Criacionistas, já ocorreu inclusive no tamanho da porta da Arca de Noé.

Perdão pela ironia até grosseira, mas releiam a parte acima, onde noto que pseudos apresentam pontos que depõe contra sua própria argumentação.

(2) Este ponto é tratável pela mesma argumentação acima, mas acrescentemos uma abordagem por outro ângulo, um ataque por novo flanco.

Se profissionais de biologia, em suas diversas subdivisões, somados aos geólogos, aos astrofísicos, aos cosmólogos (os exagerados da ciência, pois não se contentando com o pequeno, por maior que seja, querem entender tudo) - no seu ataque à "Terra Jovem", ao "Dilúvio Universal" -, sem falar com os "produtores de ferramentas", como os Físicos Nucleares, na Geocronologia, com os Físicos Teóricos, nas diversas teorizações que limitam e colocam os tempos como geológicos, astrofísicos e cosmológicos, em bilhões de anos, em diversas escalas; e os práticos Químicos Analíticos, que insistem em com suas determinações de composição, em afirmar que as medições de isótopos e outros confirmam os tempos teóricos, aos Bioquímicos, com sua obsessão patológica em produzir uma célula simples de um balão de vidro, em repliclação dos processos em escala geológica; etc.

Sim, todos eles mentem para si mesmos e entre si, curiosamente, e só quem diz a verdade são gênios doutos iluminados que afirmam que barro soprado produz um homem acabado, costelas geram Megan Fox ou fêmea similar - mesmo fisicamente inferior - canoões abrigam casais de todos os animais terrestres (tirando os malditos entricotérios, por exemplo, que pelo visto, entalaram na porta, matando milhões de formas que vinham atrás, inclusive, ordens inteiras de simpáticos e fofos mamíferos, que não tinham nada a ver com a carpintaria infeliz de Noé e sua família); Lua ilumina ou governa a noite, para se ter idéia do nível de primitivismo mesmo da astronomia do povo sobre o qual colocamos as bases da mais profunda pretensa sabedoria ocidental. O mesmo povo que limitava o mundo por "águas", pois provavelmente, não sabia fazer barcos - pista: notemos que o mar "teve de se abrir" para passarem.

Sinceramente, prefiro povos que consideram que o mundo se apoia em elefantes cósmicos, sobre as costas de uma ainda maior tartaruga cósmica.

Aliás, antes dos mitos de criação e sustentação da Terra, prefiro povos que pouco se interessavam por isso, como os egípcios, que simplesmente passaram por cima da "Terra Prometida" para sovar beduínos, em Tutmosis II, como os helênicos, que aos tempos de Alexandre simplesmente varreram o oriente médio, com seus deuses do homem comum de formas e defeitos humanos, como os romanos, que com parcela pequena dos exércitos dos Césares tomaram aquela improdutiva terra, que pouco "leite e mel" produzia, e para graça da fé cristã, foram exatamente os povos que permitiram o fenômeno histórico e cultural que é o cristianismo, que em algumas de suas vertentes, nos atormenta com sua visão da Idade do Bronze do mundo, e certamente, no fundo, com algumas das piores intenções.

Mas não nos preocupemos, pois assim como IHVH (ou YHWH, como preferem algumas mentes lavadas com anglosaxonismos típicos pois oriundos do cinturão bíblico norteamericano, desprezando nossa origem latina) não mexeu uma palha para proteger seu "povo escolhido" dos egípcios, dos helênicos e dos romanos que os preservaram até nossos dias, assim também não mexerá outra palha quando sua marcha irracionalista estiver sendo mais esmagada do que já é.


(3) Juro que há anos procuro saber pelo menos UM caso que vá contra o processo evolutivo como FATO. E aqui, tratemos de explicar o que podemos classificar, mesmo que a plena análise como errôneo, ou confuso/difuso, como FATO, EVENTO e FENÔMENO.

A meu ver, fato é aquilo que acontece. Por exemplo: Tambora ter explodido é um fato, basta visitar a ilha, ou ler relatos sem pretensão alguma de exagerar fenômenos. Fenômeno é por exemplo, vulcões existirem, e terem processos, inclusive como até explodirem, em eventos como a ruptura de sus cumes. Evento é o manifestar de algo físico, como rocha abrigando gases romper-se sob pressão interna. Mas notemos, como disse inicialmente, e lembremos BARTHES, que comunicação plena e perfeita é impossível, apenas gastemos algumas letras para entender o que quero paresentar, em pelo menos, linhas o suficiente para ser específico e coerente em meu discurso.

Espécies mudam no tempo, isto é um FATO. O fenômeno que o causa e configura é que genética se altera, e isto é até aleatório pela conspiração de um universo inteiro sobre a química da vida. Eu ter uma pequena mal formação no osso do quadril, insignificante até para levantar grandes pesos, mas causador de uma aos 26 anos incômoda hérnia inguinal, é a consequência de um evento, certamente no meu desenvolvimento embrionário. Mas é FATO que a vida evolui, assim como é FATO que operei-me de uma hérnia, mas os fenômenos que a causam ou os eventos que ocorreram para se chegar a ela, pouco interessam. Aí estão os fósseis da evolução, aí está minha cicatriz de cirurgia. Aí estão os fenômenos que operam na alteração da genética, da instabilidade da vida, assim como estão aí os milhares que possuem a mesma má formação de orifícios nos ossos do quadril. Aí estão espécies mudando toda a hora, se especiando, perdendo chifres, ganhando pernas curtas, pelos mais longos, escamas a menos, umbigos em seus frutos, assim como rompendo tecidos de abdômens todos os dias e adentrando tranquilamente, sem grandes problemas, em salas de cirurgia. E nem precisamos saber quais foram os eventos que fizeram rinocerontes estranhos ficarem do tamanhos de ônibus e até entalarem em portas de conoeiros da Idade do Bronze, ou mesmo lagartos estranhos serem maiores que alguns teco-tecos, e nem serem conhecidos por canoerios a derrubar florestas para construir barcos impossíveis.



O que interessa é que espécies tem mudado e se diversificado, se dividido em novas espécies, há bilhões de anos, e com mais intensidade há centenas de milhões, e tal é FATO, e deve ser escrito com todas as letras maiúsculas, que não tem sentido algum em redação, mas marca bem quem lê, pois a questão é didática, e NÃO É FATO o amontoado de narrativas hebraicas em dúzias picotadas de linhas desconexas, que mal conseguem entender que plantas não nascem antes de haver o Sol que as ilumine, que é desconexo que o "espírito" do que quer que seja flutuava sobre águas antes de haver gravidade da Terra para formar um primeiro oceano, que conta errado o número de patas de insetos, que joga sobre as costas de coelhos hábitos de digestão que não possuem.

É FATO que a Bíblia possui passagens morais úteis, embora convenhamos, os budistas escreviam melhor séculos antes, e parábolas sábias, embora sinceramente, as de Esopo são imensamente mais poderosas e morais, e até mitologias agradáveis e com fundo moral razoável, embora os gregos e egípcios sejam imensamente mais prolíficos neste campo. Mas é FATO que como compêndio de ciências, assim como narrativa histórica confiável, grande parte da Bíblia é lamentável como parcial, mente desavergonhadamente sobre inúmeros pontos e é LIXO igualmente com letras maiúsculas no primeiro aspecto.

Tal disse numa primeira aula de Filosofia em meu curso de graduação, lembro ter dito em esboço nas minhas aulas de então segundo grau, repito agora e sempre, e não afirmo tal sozinho. Devemos romper com dois aspectos em nossa cultura, para nosso próprio bem:

I) Em poupar termos e guardar hipócritas sensibilidades para com as tolices da religiosidade alheia.

II) Temer tratar o adequar das afirmações das ciências com aspectos históricos, como a Cosmologia, a Astrofísica, a Geologia e a Paleontologia com o relato mítico bíblico como uma cartapácia tolice. A Bíblia é desastrosa de ser adequada, pois é desastrosa até consigo mesma.

A Bíblia não é a palavra sagrada de deus e o perfeito relato dos fatos do processo de formação das coisas. Sagrado é fazer em pó tal tolice, e entender aquele amonstoado desconexo de afirmações primitivas como o que é, o último compêndio de uma cultura que nos foi útil, ao menos em alguns passos da Filosofia, no estabeleceimento de sistemas legais e até de saúde pública, na configuração de uma sociedade amorosa - pois hebreus apedrejavam mulheres adúlteras ou trabalhadores em determinados dias, e romanas jogavam filhos indesejáveis nos lixo, assim como eram mais uma sociedade administrada pelos métodos de corporações de assassinos que ponderados juízes e uma democracia igualitária.

Por outro lado, foram exatamente os "humilhados faraós" que receberam em suas famílias um tal bebê abandonado no rio, o irmão vendido como escravo com suas coloridas vestes e seu descrente povo de muitos deuses determinado jovem casal montado em um asno, com bebê condenado à morte pela profecia do nascimento de um rei.

Portanto, a Bíblia conspira contra a própria perfeição bíblica, e tal paradoxo é exatamente a semente de uma argumentação para que a abandonemos nestes pontos, para os quais não serve, nunca serviu e nunca mais servirá, pois a defesa do criacionismo biblicista nada mais é que os últimos suspiros fétidos de um cadáver insepulto.

Por hora, aproveitando o texto que julgo com algum impacto, ocuparei estas páginas, e sendo mais uma vez desonesto, guardo o restante para a próxima semana.

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