quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Uma observação lógica sobre a falácia de Hoyle

   

Seguidamente, criacionistas e outros não entendem que a Falácia de Hoyle tem certas implicações lógicas.

 

“Respondendo o argumento do ‘ferro velho’.” - Answering the junkyard argument - AKA Hoyle's Fallacy - www.youtube.com 

 

Observação: a falácia de Hoyle é também chamada de “argumento do tornado no ferro velho”.

 

Um exemplo do típico esperneio:

 

"Falar que HOYLE DEFENDIA o DI é o CUMULO."

 

1) Se a falácia de Hoyle implica em que aminoácidos não podem pelos processos naturais formar moléculas complexas (no caso, proteínas), como poderiam então se formar se não fosse por uma ação externa? 

2) Se é ação externa (à natureza), portanto “sobrenatural”, e gera a organização que Hoyle exige, como não poderia ser afirmada como inteligente?

3) Se é inteligente, como não poderia por "crescendo infinito" chegar a uma divindade? [Nota Descenso infinito ]

 

Aqui, necessitamos da demonstração apresentada em Porque o Design Inteligente é um Criacionismo - Uma demonstração lógica simples - Scientia, mais detalhada.

Por analogia:  

  1. Existem estruturas na natureza (no caso, o objeto da dúvida que Hoyle apresenta, as proteínas) que não podem se originar e processos evolutivos ou bioquímicos naturais, pois sua complexidade ou integração / ordenamento entre as partes (aminoácidos) não o permite.

  2. Logo, existe uma entidade, digamos uma civilização extraterrestre que atuou em momentos da história da formação das proteínas (parte do problema da origem da vida e sua evolução) propiciando a existência de tais estruturas. 

  3. Esta civilização, sendo fruto de um processo evolutivo completamente natural, de todas as suas estruturas (incluindo suas proteínas ou similares), por si permite o processo evolutivo completamente natural.

  4. Se esta civilização também é fruto em alguma de suas estruturas (incluindo as proteínas ou similares), de um design inteligente superior, e o tem de ser, pelos mesmo argumentos de (1.), poderia ser fruto do design inteligente de uma civilização ainda superior.

  5. Repetindo-se os passos 3 e 4, chegamos a conclusão ou que existe o processo evolutivo em algum lugar do universo, e  partir daí propagando a “construção da vida” ou construção de estruturas como as proteínas ou similares pelo restante do universo, ou caímos numa sequência infinita de civilizações, o que se mostra absurdo. Logo, necessariamente, caímos numa “causa primeira”, aos moldes de Tomás de Aquino e Aristóteles, a qual origina as estruturas vivas que consequentemente produzirão outras, seja em qual nível for de design entre as civilizações acima apresentadas.

 

Notas 


Descenso infinito 


Termo espanhol, aproximadamente “decréscimo ou descida” infinito(a), ou “demonstração de descida infinita”: Na matemática e na teoria da prova, a descendência infinita é um método de provar uma afirmação sobre os números naturais, consistindo em dizer que nenhum dos números naturais de um certo subconjunto satisfaz uma certa propriedade. Trata-se de uma prova por descendência infinita, também conhecida como “método de descida de Fermat”, é um tipo particular de prova por contradição usada para mostrar que uma afirmação não pode valer para qualquer número, mostrando que se a afirmação valesse para um número , então o mesmo seria verdadeiro para um número menor, levando a uma descida infinita e, finalmente, a uma contradição. 


es.wikipedia.org - Descenso infinito 


en.wikipedia.org - Proof by infinite descent 


Por similaridade, pode-se fazer uma demonstração da necessidade de um ser atuante absoluto, para causas sobrenaturais, num crescendo de poder e capacidade. 

  

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