segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Desdenhando o Design Inteligente - 3


O texto dos D.I.stas
World Evolution - WordPress.com

O argumento de um designer inteligente necessário para configurar as redes metabólicas para a origem da vida. - elohim.heavenforum.org

Observação:

A existência de vias metabólicas é crucial para a função molecular e celular. Apesar do fato que genomas bacterianos diferem substancialmente em seus tamanhos e repertórios de genes, não importa quão pequenos, devem conter todas as informações para permitir que a célula possa executar muitas funções essenciais que dão a célula a capacidade de manter a homeostase metabólica, reproduzir e evoluir, as três principais propriedades de células vivas. (Gil et al. 2004)

De fato, o metabolismo é um dos processos celulares mais conservados. Ao integrar dados de genômica comparativa e estudos de eliminação de grande escala, o estudo científico de "análises estruturais de um metabolismo mínimo hipotético" propõe um conjunto de genes mínimo compreendendo 206 genes codificadores de proteínas de uma célula mínima hipotética. O documento lista 50 enzimas / proteínas necessárias para criar uma rede metabólica implementada por um genoma mínimo hipotético para a célula mínima hipotética.

Os 50 enzimas / proteínas, e da rede metabólica, devem ser totalmente implementados para permitir uma célula para manter suas funções básicas.

Hipótese (Previsão): A origem de vias metabólicas irredutíveis biológicas que também necessitam de regulamentação e que são estruturadas como uma cascata, semelhante a placas de circuitos electrónicos, são melhor explicadas pela ação criadora de um agente inteligente. [NOSSO COMENTÁRIO 1]
Experiência: investigações experimentais de redes metabólicas indicam que elas estão cheias de nós com enzimas / proteínas, que requerem para a sua informação de síntese códigos ricos baseados na linguagem, armazenados em DNA. As estruturas hierárquicas têm provado ser mais adequadas para capturar a maior parte das características das redes metabólicas (Ravasz et ai, 2002). [NOSSO COMENTÁRIO 2]

Verificou-se que os metabólitos só podem ser sintetizados, se carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre e os blocos de construção básicos gerados a partir deles no metabolismo central estão disponíveis. Isto implica que as redes reguladoras engrenem atividades metabólicas para a disponibilidade desses recursos básicos. Então, um circuito metabólico depende do produto de outros produtos, proveniente de outras vias metabólicas, centrais, dependendo um do outro, como em uma cascata. [NOSSO COMENTÁRIO 3]
Mais notável é que loops de feedback são encontrados e são necessários para regular o fluxo metabólico, e as atividades de muitas ou de todas as enzimas em uma via. Em muitos casos, as vias metabólicas são altamente ramificadas, em cujo caso é muitas vezes necessário fazer modificações de fluxos através de parte da rede, enquanto deixando-os inalterados ou reduzi-los em outras partes da rede (Curien et al., 2009).

Estes são interligados de uma forma funcional, resultando em uma célula viva. As redes metabólicas biológicas são perfeitamente integradas, de modo que as alterações significativas inevitavelmente danificam ou destroem a função. Mudanças no fluxo muitas vezes exigem mudanças nas atividades de várias enzimas em uma sequência metabólica. A síntese de um metabólito tipicamente requer a operação de muitos caminhos.
Conclusão: Independentemente da sua complexidade inicial, a vida metabólica com base química de auto-sustentação não poderia ter surgido na ausência de um mecanismo de replicação genético assegurando a manutenção, estabilidade e diversificação dos seus componentes. Na ausência de quaisquer mecanismos hereditários, as cadeias de reação autotrófitas teriam ido e vindo sem deixar descendentes diretos capazes de ressuscitar o processo. A vida como a conhecemos consiste tanto de química e informações. Se a vida metabólica já existiu na Terra primitiva, para convertê-la para a vida como a conhecemos teria exigido o surgimento de algum tipo de sistema de informação em condições que são favoráveis para a sobrevivência e manutenção de moléculas informativas genéticas. (Ribas de Poupkna, Ph.D.) [NOSSO COMENTÁRIO 4]
Os agentes inteligentes têm freqüentemente objetivos finais em mente, e usam altos níveis de informação complexa instrucional para cumprir a meta. Em nossa experiência, os sistemas de armazenamento de grandes quantidades de informação complexa especificada / instrucional através de códigos e linguagens -, invariavelmente, são originários de uma fonte inteligente. Da mesma forma, os circuitos ou redes de interação coordenada, como por exemplo de dispositivos eletrônicos analógicos sempre podem ser rastreados até um agente causal inteligente. A operação dos dispositivos eletrônicos analógicos mapeia muito estreitamente com o fluxo de informação em reações químicas de vias metabólicas (McAdams e Shapiro, 1995). [NOSSO COMENTÁRIO 5]

Um mecanismo proposto para tornar as redes metabólicas deve ser capaz de construir de novo, não apenas modificando, um conjunto mínimo de 50 enzimas e complexos circuitos metabólicos integrados com o objetivo final de criar vida. Uma rede metabólica que não está totalmente operacional, não permitirá a vida. Sabemos da nossa experiência que a inteligência é capaz de construir placas de circuitos eletrônicos, e é a única causa conhecida de máquinas irredutivelmente complexas. Como a evolução depende de circuitos metabólicos totalmente instalados, é excluída como possível mecanismo. Há apenas duas alternativas, o acaso / sorte ou necessidade física, que nunca foram observados de ser capaz de construir placas de circuito de configuração e sistemas complexos irredutíveis. A origem da rede de base metabólica das primeiras células é, portanto, melhor explicada através da ação de um agente inteligente.[NOSSO COMENTÁRIO 6]


Comentário Zero

Nossa até grosseira percepção inicial.
Pela madrugada! Mande-se os autores dessa lei de Scopie em estado bruto se atualizar!

Despreza-se proto-DNAs, proto-RNAs, enzimas com múltiplas funções, argumenta-se sem usar seleção química, hiperciclos, etc.

Até endossimbiose é "pulada", pois existem metabolismos como a das Archaea que pouco tem relação com o que sejam todos os demais seres vivos.

Da trivial Wiki em Inglês:

Archaea exibem uma grande variedade de reações químicas em seu metabolismo e usam muitas fontes de energia. Estas reações são classificadas em grupos nutricionais, dependendo da energia e fontes de carbono. Algumas arqueas obtêm energia de compostos inorgânicos contendo enxofre ou amônia (eles são litotróficos). Estes incluem nitrificadores, metanogênicos e oxidantes anaeróbicos de metano. Nessas reações um composto passa elétrons para outro (em uma reação redox), liberando energia para alimentar as atividades da célula. Um composto atua como um doador de elétrons e o outro como um areceptor de elétrons. A energia libertada gera trifosfato de adenosina (ATP) através de quimiosmose, no mesmo processo básico que ocorre na mitocôndria das células eucarióticas.

A fiasqueira de sempre, o mesmo papinho enrolão barato com terminhos em inglês para parecer "informado da última literatura", o mesmo papinho "não sabemos como foi, então, PUF! designer!".

A chatice de sempre cristalizada na perpetuação da ignorância na proposta teologicamente estúpida de propor uma divindade atrapalhada e incapaz que tem de ficar corrigindo seus desígnios para que algo funcione, inclusive, construindo estruturas celulares que produzam as piores doenças já com os mais simples seres.

Um desastre completo desde a lógica básica da coisa, repita-se sempre para os atrapalhados que se apegam a essa tolice.

Nosso Comentário 1 sobre o texto

Relembrando: Hipótese (Previsão): A origem de vias metabólicas irredutíveis biológicas que também necessitam de regulamentação e que são estruturadas como uma cascata, semelhante a placas de circuitos electrónicos, são melhor explicadas pela ação criadora de um agente inteligente.

Comentário: Não são sequer explicadas. A típica argumentação negativa (se não sei, então foi tal causa). Não! A resposta científica é “não sabemos a origem”.

Some-se a esse erro de “método” (na verdade, um “não-método”), a questão de Demarcação Popperiana.

Princípio de Demarcação de Karl Popper - Scientia

E temos de perguntar: Essa ação inteligente não poderia ser uma civilização alienígena?

Claro que poderia, mesmo sendo um problema novamente de demarcação, mas aí caímos, logicamente, no problema em cascata que apresentamos aqui:

Porque o Design Inteligente é um Criacionismo - Scientia
Note-se que as posturas de argumentação negativa e hipótese tentando quebrar a demarcação.

Sobre “argumentação negativa”, sempre: Refutações ao Design Inteligente - Scientia

Nosso Comentário 2 sobre o texto

Relembrando: Experiência: investigações experimentais de redes metabólicas indicam que elas estão cheias de nós com enzimas / proteínas, que requerem para a sua informação de síntese códigos ricos baseados na linguagem, armazenados em DNA. As estruturas hierárquicas têm provado ser mais adequadas para capturar a maior parte das características das redes metabólicas (Ravasz et ai, 2002). [NOSSO COMENTÁRIO 2]
Comentário: É simplesmente engraçado que aí não há experimento algum.

Quando eu digo que, por exemplo, archeas podem “digerir” um sulfato metálico mineral (a hipótese) eu posso propor uma experiência na qual coloco num meio de cultura sulfeto de ferro, numa taxa adequada, finamente pulverizado, e após a ação de uma colônia destas bactérias, digamos por alguns dias, determino analiticamente o decaimento da presença de sulfeto de ferro (considerando que o meio, em outra preparação, seja um evidência de não degradação do sulfeto de ferro pelo próprio meio, isento de archeas , ou da medida da degradação causada apenas pelo meio - ambos os casos são possíveis e necessários na prática).

Aqui temos um “experimento”. Haverá a digestão ou não, nestas condições controladas, e tal experimento é simples e reprodutível. Não é de forma alguma necessário que seja simples, mas imprescindível que seja reprodutível.

A dita “experiência” citada não é coisa alguma para o que pretende!

O texto “D.I.sta” descreve trabalho dos pesquisadores no campo, mas não sua pretensão - gargalhemos - de testar a ação do dito designer!

Nosso Comentário 3 sobre o texto

Relembrando: Verificou-se que os metabólitos só podem ser sintetizados, se carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre e os blocos de construção básicos gerados a partir deles no metabolismo central estão disponíveis. Isto implica que as redes reguladoras engrenem atividades metabólicas para a disponibilidade desses recursos básicos. Então, um circuito metabólico depende do produto de outros produtos, proveniente de outras vias metabólicas, centrais, dependendo um do outro, como em uma cascata.

Comentário: UAU! ESTOU CHOCADO!

É sério que temos de ter elementos químicos disponíveis para que moléculas (“blocos de construção”) sejam produzidas?

MEU LAVOISIER! Como isso nunca tinha sido pensado?!

Percebemos aqui, espero, a intenção simplesmente de “produzir texto”, de “enrolar”, do popular “encher linguiça” da argumentação dos defensores do D.I., que é passar a noção que estamos até “divulgando ciência”, citando uma banalidade de ensino básico.

E isso inclui o “reforço” de noções de rotas metabólicas, da ação de enzimas diversas - e para desespero deles, veremos adiante, nem tão diversas - molécula a molécula, até conjuntos de moléculas (reagentes) para chegar em determinadas novas moléculas (produtos).

Mas continuemos…

Nosso Comentário 4 sobre o texto
Relembrando: Conclusão: Independentemente da sua complexidade inicial, a vida metabólica com base química de auto-sustentação não poderia ter surgido na ausência de um mecanismo de replicação genético assegurando a manutenção, estabilidade e diversificação dos seus componentes. Na ausência de quaisquer mecanismos hereditários, as cadeias de reação autotrófitas teriam ido e vindo sem deixar descendentes diretos capazes de ressuscitar o processo. A vida como a conhecemos consiste tanto de química e informações. Se a vida metabólica já existiu na Terra primitiva, para convertê-la para a vida como a conhecemos teria exigido o surgimento de algum tipo de sistema de informação em condições que são favoráveis para a sobrevivência e manutenção de moléculas informativas genéticas. (Ribas de Poupkna, Ph.D.)

Comentário: Conclusão? Que conclusão?

A conclusão dos pesquisadores é de algo considerado - consenso - “certo” entre os pesquisadores de biopoese: LUCA apresentava as bases da hereditariedade - tanto que ele é LUCA! - mas as rotas metabólicas foram “aprisionadas” de diversos caminhos anteriores, relacionados à RNA, proto-DNA e outras etapas da produção do que chamamos hereditariedade, mas também a incorporação de rotas enzimáticas de proteotídeos que não dependiam de hereditariedade, que existiam em abundância de escala geológica no meio.

Para um quadro muito mais amplo e detalhado do que afirmamos no parágrafo mal escrito acima, recomendamos:

Desdenhando o Design Inteligente - 2-1

Especialmente:
1 - Leslie E Orgel; The Implausibility of Metabolic Cycles on the Prebiotic Earth, ESSAY - journals.plos.org
3 - Chris Impey, Jonathan Lunine, José Funes; Frontiers of Astrobiology; Cambridge University Press, 2012. pg 60 - books.google.com.br - www.cambridge.org

Adicionalmente:

E notemos que as afirmações do autor citado não são pela ação de uma entidade externa ao biopoético!

Mas... qual autor é esse?

Não seria Lluis Ribas de Pouplana, Ph.D. ?

www.irbbarcelona.org - Gene translation laboratory


Um exemplo de trabalho:

THE GENETIC CODE AND THE ORIGIN OF LIFE - Molecular Biology Intelligence Unit - download.springer.com

Um trecho:

“Este livro trata principalmente dos processos que levaram de um mundo de RNA para a regra moderna do código genético. Os três primeiros capítulos do livro descrevem conceitos gerais sobre a origem da vida. Esses são seguidos de duas revisões de estudos teóricos e experimentais do mundo de RNA que ilustram a nossa compreensão atual desta fase crucial da evolução da vida. Finalmente, a bioquímica e a evolução dos componentes centrais do código genético moderno são dissecados individualmente. O objetivo desta
estrutura é fornecer ao leitor informações relevantes e detalhadas sobre cada um desses aspectos da evolução do código dentro de uma perspectiva temporal da evolução geral da vida.”

Como raios este autor vai sustentar um fantasmão atrapalhado que tem de modificar moléculas para chegar, digamos, a uma bactéria que corroa córneas de crianças?

Invariavelmente, criacionistas e afins erram citações, trocam nomes, copiam valores errados (a dita “lei de Borel”, fora a mentira clara, é o exemplo que sempre lembro, com suas notações científicas que viram número que parecem datas da Idade Média), e citam autores que não lhes sustentam de maneira alguma.


Nosso Comentário 5 sobre o texto
Relembrando: Os agentes inteligentes têm freqüentemente objetivos finais em mente, e usam altos níveis de informação complexa instrucional para cumprir a meta. Em nossa experiência, os sistemas de armazenamento de grandes quantidades de informação complexa especificada / instrucional através de códigos e linguagens -, invariavelmente, são originários de uma fonte inteligente. Da mesma forma, os circuitos ou redes de interação coordenada, como por exemplo de dispositivos eletrônicos analógicos sempre podem ser rastreados até um agente causal inteligente. A operação dos dispositivos eletrônicos analógicos mapeia muito estreitamente com o fluxo de informação em reações químicas de vias metabólicas (McAdams e Shapiro, 1995).

Comentário: Sim, agentes inteligentes tem objetivos, blah, blah, blah… Mas cadê a evidência do agente?

Na nossa experiência simplória acima como exemplo de método, cad~e a captação do dado que é a alteração da taxa de sulfeto de ferro?

Cadê essa fonte inteligente em ação perceptível?

O seu “toque”? A joça de sua “impressão digital”?

Onde houve o dito “rastreamento de sua ação”?
Onde está a sua detecção como uma “causa”?

Mas nesse ponto, como nossas perguntas ficarão sem resposta, surge a “revisão falsa” de que alguém fez esse trabalho.

Vamos, pois, ao resumo do trabalho citado:

McAdams HH, Shapiro L.; Circuit simulation of genetic networks. Science. 1995 Aug 4;269(5224):650-6. - www.ncbi.nlm.nih.gov

“As redes genéticas com dezenas ou centenas de genes são difíceis de analisar com as técnicas atualmente disponíveis. Devido aos muitos paralelos na função destes circuitos genéticos baseados bioquimicamente e circuitos elétricos, uma abordagem de modelagem híbrida é proposta que integra a modelagem cinética bioquímica convencional dentro da estrutura de uma simulação de circuito. O diagrama de circuito do circuito de decisão de lise-lisogênese do bacteriófago lambda representa conectividade nos caminhos de sinal dos componentes bioquímicos. Uma característica chave do circuito genético de lambda é que os operons funcionam como componentes lógicos integrados activos e introduzem atrasos de tempo de sinal essenciais para o comportamento in vivo do fago lambda.”

Onde raios está sequer a pretensão de sustentar um designer aqui?

Como foi tomado este artigo como um sustento a se afirmar a “conclusão” que o autor do artigo D.I.sta pretende? (Pois mais que pretender ele não pode!)


Nosso Comentário 6 sobre o texto
Relembrando: Um mecanismo proposto para tornar as redes metabólicas deve ser capaz de construir de novo, não apenas modificando, um conjunto mínimo de 50 enzimas e complexos circuitos metabólicos integrados com o objetivo final de criar vida. Uma rede metabólica que não está totalmente operacional, não permitirá a vida. Sabemos da nossa experiência que a inteligência é capaz de construir placas de circuitos eletrônicos, e é a única causa conhecida de máquinas irredutivelmente complexas. Como a evolução depende de circuitos metabólicos totalmente instalados, é excluída como possível mecanismo. Há apenas duas alternativas, o acaso / sorte ou necessidade física, que nunca foram observados de ser capaz de construir placas de circuito de configuração e sistemas complexos irredutíveis. A origem da rede de base metabólica das primeiras células é, portanto, melhor explicada através da ação de um agente inteligente.

Comentário:

O truque barato: Repito as afirmações científicas, realmente científicas já feitas, que na verdade, são as hipóteses, muito bem analisadas como até profundos problemas pelos autores em biopoese que citamos acima.

Novamente, que experiência, “cara-pálida”?

E onde surgiu o sustento que as questões são “irredutivelmente complexas”?

Tanto não são que, como citamos “desespero” lá em cima, existem enzimas que atuam em mais de uma molécula, produzindo mais de um produto!

O termo é promiscuidade enzimática.

Traduzamos:

En 1976 Roy Jensen teorizou que as enzimas primordiais passaram a ser altamente promissoras para estabelecer redes metabólicas ensambladas em forma de almazuela o patchwork (de maneira mais clara, “costuras de retalhos”, de onde seu nome “modelo de patchwork”). Esta versatilidade catalítica primordial se perdeu posteriormente em favor de enzimas ortólogas altamente especializadas. Como resultado, muitas enzimas centrais do metabolismo poseen homólogos estruturais que divergiram antes da aparição do último ancestral universal.

es.wikipedia.org - Promiscuidad enzimática - Metabolismo primordial

Toda a analogio limitada, máxima que devemos sempre lembrar. A analogia de rotas metabólicas com circuitos é útil, mas obviamente apresenta suas limitações. Circuitos eletrônicos não tem a motilidade, a fluidez de moléculas na escala de trilhões mesmo na escala do volume de uma célula.

Obs.: Um nanograma, a escala de massa das células, é imensamente maior que a escala das moléculas, que é de 1/10^23 do quilograma.

Por um acréscimo até simplório, lembremos que um resistor não é um capacitor, mas uma enzima que decompõe um ácido graxo pode ser a mesma que sintetiza um carboidrato, e a mesa que altera um radical numa molécula, pois as enzimas, dada sua geometria, podem ter diversos nichos catalíticos adequados a cada caso, e ainda por cima, podem ser modificadas pelas alterações - ao acaso - da genética que as produz.

Então, como a evolução em seus acertos e erros que são selecionados pode ser descartada como processo pelo qual tais funções surgem e desaparecem?

Sim, pois seguidamente, elas surgirem, como a produção de um ácido carboxílico extremamente tóxico, pode ser a causa de sua extinção, assim como o surgimento de uma modificação numa enzima pode ser o aproveitamento de um nutriente disponível até então não aproveitável.

Portanto, independente das lacunas que temos que preencher - especialmente no surgimento de LUCA, que propriamente não é o passo inicial do que chamamos vida, e sim o mais remoto ancestral de todos os seres vivos que vemos hoje - não é uma conclusão por um designer algo tão concludente.

É apenas uma conjectura que sequer é científica, e coisa alguma responde.



Adicionais
Como anexo, mais alguns comentários ácidos de minha parte, tornados aqui mais genéricos:

1

Eles desprezam inclusive a ação da fotólise, produzindo novas espécies químicas e permitindo a seleção química, somando-se à catálise das protoenzimas:

Chad Knutson, et al; Metabolic photofragmentation kinetics for a minimal protocell: Rate-limiting factors, efficiency, and implications for evolution; Journal Artificial Life archive, Volume 14 Issue 2, Spring 2008. - Pages 189-201 - www.ncbi.nlm.nih.gov ou www.mitpressjournals.org

2

O método típico de “pesquisa” destes personagens:
“-Descobri um mundinho cultural pitoresco que sustenta um designer na natureza, achei lindinho e saí pelas redes sociais colando as bobagens em que passei a acreditar!”

Perdão, erram, enfiando-se em algo que não é Ciência, não é Filosofia, não é sequer argumentação que não seja tolice, não lhe farão ser algo mais que um primata de determinado tipo, ao final, uma bactéria modificada, não vai lhe dar consoso religioso algum (como alma imortal, por exemplo) e como argumentação teológica é um desastre que produz aberrações, por exemplo como uma divindade que modifica bactérias dando-lhes flagelo para causar ainda piores doenças, argumento já colocado ao tempo de Paley, e depois, repetidos por Darwin, que era teólogo ao tempo vitoriano.

Em suma, tonteira de brasileiros que resolveram aderir à bobagens estrangeiras que mesmo lá já enfrentam mais que pequenos problemas.

Um desperdício de tempo para estudar coisas sérias, inclusive, em Religião.
3

Lição básica de Filosofia da Ciência:

Não sei a explicação, calo-me, e não coloco uma explicação mágica (externa à demarcação, invalidável, não falseável) como resposta.

Temos Leslie Orgel demais para ler para ficar mandando literatura de ponta para quem não entende o básico de como se trata um problema científico, ainda mais, com completa desreferenciação em biopoese e citando blogs toscos como se fossem literatura sobre o tema.

O básico do tema, e que falta aos blogs ridículos que são citados (lei de Scopie), já colocamos.

Apresentam a ignorância (promiscuidade enzimática) a desatualização (etapas já conhecidas de síntese de proteínas coordenadas por genética relacionada ao “mundo de RNA) deles se fossem o argumento, e como é lacuna (mesmo se lacunas apenas para o defensor de D.I.), não pode ser argumento.

4

O argumento destes personagens é a mesma lenga cozinhada e requentada (do argumento de Paley) de sempre:

Não entendem o que é um "hiperciclo" e similares, não os aceitam, então, colocam uma célula similar as "de L.U.C.A." e exigem que exista esse salto.

Pobres diabos.

Nota: Sobre hiperciclos, recomendamos:
Robert B. Northrop, Anne N. Connor; Introduction to Molecular Biology, Genomics and Proteomics for Biomedical Engineers; CRC Press, 2008. - pg 29 - books.google.com.br

M. C. Boerlijst, P. Hogeweg; Spiral wave structure in pre-biotic evolution: hypercycles stable against parasites; Journal Physica D archive, Volume 48 Issue 1, Feb. 1991 - Pages 17 - 28.

“No início da década de 1970, Manfred Eigen e Peter Schuster examinaram os estágios transitórios entre o caos molecular e um hiperciclo auto-replicante em uma sopa prebiótica.  Em um hiperciclo, o sistema de armazenamento de informações (possivelmente RNA) produz uma enzima, que catalisa a formação de outro sistema de informação, em seqüência até que o produto do último auxilia na formação do primeiro sistema de informação. Tratados matematicamente, os hiperciclos poderiam criar ‘quasiespécies’, que através da seleção natural entraram em uma forma de evolução darwiniana. Um impulso à teoria da hiperciclo foi a descoberta de ribozimas capazes de catalisar suas próprias reações químicas. A teoria da hiperciclo requer a existência de bioquímicos complexos, tais como nucleótidos, que não se formam sob as condições propostas pelo experimento Miller-Urey.

Mostrou-se que o mecanismo de tradução precoce propenso a erros pode ser estável contra uma catástrofe de erro do tipo que tinha sido considerado problemático conhecido como "paradoxo de Orgel" causado por atividades catalíticas que seriam perturbadoras.”

en.wikipedia.org - Abiogenesis - Autocatalysis


answersingenesis.org


Retornando...

Mal sabem que faz uns 10 anos que não se pensa nem por fiapo em biopoese com esse salto, e as primeiras "operações" de metabolismo sequer eram em massas que pudessem ser definidas como uma célula, e eram o caos e processos estocásticos em escala geológica, produzindo seleção química em "números molares" pelas massas de água e atmosfera densa primitiva.

Os pamonhas (com todo respeito aos nobres derivados de milho!) já nascem mortos em seu esperneio e nem sabem o que os atingiu.


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