quinta-feira, 29 de março de 2012

Mostre-me o universo... III

e digo que lá não está o deus cristão

3a Parte - Aparentes racionalidades e "monstruosidades linguísticas"



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Antes de atirar a flecha da verdade, mergulha-a no mel. - Provérbio Árabe
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Partes anteriores desta série


1a Parte - Esperneios de Olavo de Carvalho


2a Parte - Requentados "argumentos" teleológicos


De Lendo no Escuro, de Seamus Deane:

-Conhece a piada do detetive esquimó?

Ele pergunta para o suspeito: "Onde é que o senhor esteve na noite de 21 de setembro para 21 de março?"


(Conte esta sempre que um criacionista começar com o belo papinho irritante dos 'seis dias'.)


[...]

Q1 - Quanto tempo uma pulga leva para atravessar a nado um barril de piche?
R - Estação da Rua Amiens.


Q2 - Quantos anjos podem se equilibrar na cabeça de um alfinete?


Q3 - Quando falamos em espíritos, supomos uma existência vital, corporal, antes do estado de espírito. Então, que ou o que o espírito santo era antes se ser um espírito?


Na primeira, não entende-se a resposta. Na segunda, não entende-se a validade da pergunta. A terceira não tem-se a resposta.


Existe, portanto, o racional, o irracional e o não-racional.



Um professor de estudos religiosos, na obra citada.



Da mesma obra, frase de um pitoresco personagem, "Joe Maluco":

Tempus está fugitando...


Disto façamos um pouco de um "exercício linguístico", pois mais que isso, Metafísica em certos moldes sérios jamais será.

Seguidamente, crentes apelam para um discurso de que deus está "acima e além da lógica e da razão". Uma ideia não racional de deus, como visto no diálogo um quanto nonsense acima. Deus coloca-se assim, repitamos, além da lógica e da percepção - já que obviamente, se fosse perceptível, ninguém teria fé, e sim, sua percepção pelos sentidos, como temos de um elefante ao avistá-lo, de uma tuba pelo seu som ou de uma panela quente por sua temperatura.

Ora, Brahman dos hindus também é tratado além de toda a percepção, pois a tudo compõe, e além de toda a lógica, pois a lógica operaria em nosso cérebros, que são compostos dele, então como não seria ele a divindade concluível? Ou nosso sagrado róseo-invisibilíssimo U.R.I., esta ironia que considero tão útil para derrubar certos argumentos simplórios?

Uma inquestionável prova de Brahman na natureza, o símbolo "om" gravado por cristalização numa pedra [SARCASMO].


Mas percebamos que coloca-se 'além da percepção'?

(Embora um bom número de esquizofrênicos maiores e menores, famosos e anônimos, desde o "grande Moisés" até o pirado de uma praça de qualquer cidade, desde o tempo mais remotos da Bíblia, o tenham visto e ouvido, o que contrariaria, biblicamente, o próprio crente que coloca sua divindade como imperceptível!)

Então como é afirmado "ser sentido pelo crente"? 


Em tempo: Por qual sentido? Dentro de sua mente? Como expressa isso? Como tal se manifesta?

Mas retornemos algumas frases, e percebamos que sendo não lógico, como raios poderia ser concluível, como nos fazem lembrar permanente e irritantemente com suas "requentadas" de Tomás de Aquino, Anselmo e meia dúzia de pensadores menores e até simples "pastores de palestras" recentes, como Craig?

São Tomás de Aquino, Notre Dame de Paris.


Podemos nos dispensar de estudar o "racional" sobre deus, pois a própria afirmação do crédulo o contradiz. E digamos que tenhamos momentaneamente esquecido tal, apoiemo-nos nos ombros de Kant e Hume, e todos os críticos de 'metafísicas de cunho ocidental' e suas "conclusões" sequer por uma ordem sobrenatural no mundo, quanto mais por uma divindade consciente, e muito menos por uma providente, justa e amorosa, e abandonemos este terreno árido e infértil.


Detalhemos: Ora, se deus é irracional, pelo próprio termo, nenhum afirmação racional, conclusiva de sua existência, pode ser feita sobre ele, pois seria um contradição clara, nem falemos dos non sequitur típicos.


Estudemos o "não racional" sobre deus.

Similarmente, o não racional não permite que seja racionalizável, o que me parece evidente, gritantemente evidente.


Notemos que mesmo dentro de uma "lógica de terceiro incluído", com uma posição média entre irracional e racional, ficaria ainda com as características de ambas, e o estado deste deus "parcialmente racionalizável" e "parcialmente ilógico" (que me parecem expressões sinônimas) continuaria idêntico em inconcludência com o que até aqui temos.

O mesmo poderíamos colocar num triângulo entre racional e irracional e "não racional".

Observação: Alguns discursos do crédulo, por mais apto que seja, sempre caem, e me parece afirmar isto mais que seguramente, em "monstruosidades linguísticas". Basta ver para contraste a beleza de uma "demonstração à maneira de geometras" de um Descartes ou Espinosa, para termos a diferença entre aquele que honestamente crê, com poderosas técnicas de lógica e discurso, com o que quer defender o indefensável - pois sempre pretende não uma "razão no mundo" - à maneira de Descartes, ou uma "demonstração do ser simultaneamente constituidor e regulador", como o excomungado judeu.

Assim, mais uma vez, U.R.I. neles! (O cacófato leve aqui foi, garanto, absolutamente proposital.) Pois, sobre certas premissas, U.R.I. tem tanta racionalidade e irracionalidade quanto uma divindade assim descrita, com discurso tão volúvel entre duas contradições.

Resumindo a talvez confusa questão acima:

1) Se deus é uma questão racional, teria de ser logicamente demonstrado, o que por n vias se mostra uma impossibilidade.
2) Se deus é uma questão irracional, não pode ser defendido por argumentos antigos, baseados em lógica e apenas sustentado até por frases simples como "nele creio". O que pode levar claramente, parece-me, à questões completamente contraditórias com os fatos.
3) Se deus não é racional - suportando-se aqui o dilema que isto não seja sinônimo de irracional - então a única opção continua sendo a fé.

Assim, e nos orgulhamos disso, se é completamente não tratável com coerência nem em suas qualificações dentro do que seja racionalidade, U.R.I.! Pois pelo menos, não ficamos presos a uma moralidade do mundo afirmada como emanada de tal divindade hebraica única, que não se evidencia, nem mesmo em seus seguidores, e muito menos, nos vermes que devoram qualquer pequeno natimorto de qualquer espécie, inclusive, a da mãe que consegue crer por pura necessidade de uma proteção inexistente, no seu desespero de sobrevivência, típico de seu cérebro e mente pouco aprimorada - como todo humano.



Para se entender que a ideia de um deus hebreu como original de uma divindade monoteísta não é exatamente como que é descrita pelos teístas cristãos, especialmente os mais fervorosos e irritadiços, recomendo a leitura, ainda que da não tão sólida fonte:


Neste texto, são citadas as referências:



Perdoamos uma criança que tem medo do escuro. A tragédia é quando os homens têm medo da luz. - Platão


Agora, rumemos para algo mais que prático, sobre solidíssima ciência e simplíssimos fatos, que talvez, até agradem ao crédulo.



Comunhão molecular com o "Senhor Jizuiz"



Lembro de um cálculo de meu professor de Química de minha 2a série do 2° grau, que mostrava como comungamos com Jesus ao respirar.

Deixemos Francisco, O Herege a apresentar os cálculos:

Ouvi, óh hereges que me seguem, e divulgai, pois exatos serão o números e lógicas serão as questões!

Digamos que Jesus tenha expirado em seu último suspiro 400 ml de ar, que certamente não continha adicional CO2, pois sabemos que Jesus não colaborou com o quecimento global, na sua divina perfeição.

Cada 22,4 litro de ar contém aproximadamente 6,02 x 10^23 moléculas dos seguintes gases: 78% de N;, 21% de O2; 0,934% de argônio e 0,039% de CO2.

Observação: o ar dos tempos de Jesus continha menos CO2, mas não perturbai os cálculos do Herege, infiéis!

O último suspiro de Jesus, teria, então, aproximadmente 2,408 x 10^23 moléculas.


Como a área da superfície terrestre é de aproximadamente 511,2 km², a atmosfera, como uma camada que pode ser aproximada como tendo 8 km de espessura, esquecendo-se que possui um gradiente de rarefação que vai até torná-la irrespirável para humanos e outros seres vivos por longos períodos de tempo pelos 8 km de altitude, teria aproximadamente 4,09 bilhões de km³ de volume.


A atmosfera teria, então:


4,09 x 10^9 km³ x 10^9 metros cúbicos/km³x1000 Litros/m³ = 4,09 x 10^21 L


Que resultaria em 1,099 x 10^44 moléculas.


Assim, após mais de 2000 anos, cada uma das moléculas de ar expiradas nos últimos momentos de nosso Senhor Jizuiz em seu martírio na cruz estariam diluídas em uma fração de 7,58x10^-4 de 22,4 Litros, ou 0,01698 Litros ou ainda, 16,98 mL.


Ou seja, a cada 17 ml de ar que respiramos, comungamos com o último suspiro de Jesus.

Mas tremei, pois o Herege irá mais longe! E diz que não só em cada respiração comungamos com Jesus mas comungamos com sua primeira urina!


Familia Santa - Angolo Bronzoni




O volume de água no planeta é de 1,39 bilhão de km³. Este volume corresponde a 1,39x10^18 m³, que é igual a 1,39x10^21 Litros, que é igual a 1,39x10^24 mL. 

Cada 18 mL de água contém 6,02x10^23 moléculas de água (não torturai a paciência do Herege, óh infiéis da aproximação em Química e Física, com questões de temperatura e densidade!), de onde temos 4,649x10^46 moléculas de água na Terra.


Consideraremos que a primeira urina de jesus teve um volume de apenas 1,8 mL, pois em sua perfeição, o menino deus não daria trabalho e incômodo para sua mãe primata pelada, ainda mais depois de jornada tao difícil e noite tão atribulad, em busca de uma pousada! Com isto, teríamos 6,02x10^22 moléculas.


Assim, após mais de 2000 anos, cada uma das moléculas de noso Senhor Jizuiz estaria diluída em 7,7722 x 10^23 moléculas de água, o que corresponde a pouco mais de 23 mL.


Assim, em cada copo de cerveja, água mineral ou mesmo, uma dose de minhas sagradas vodkas (que contém uns 60% de água, seguidamente menos), comungamos com o Senhor Jizuiz, já em sua primeira urinada!

 Palavra do Herege, palavra de nobre e sagaz matemática e estequiométrica salvação, 
mas, por favor, após as cervejas, não atrase a fila e não retarde a herética micção!


Wissen ist Macht - Conhecimento é poder, em alemão


Vítimas de outra Vítima



Um tanto atrasado, mas julgo que certos casos goizam de uma certa intemporalidade, pois são o permanente do humano.

O recente caso, dito como inédito, do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, pelas implicações com o que seja a mente humana e uma certa relação com religiosida (pois possui) levam-me a colocar um breve leitura sobre o recente caso, dito como inédito, do massacre realizado por Wellington Menezes de Oliveira na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, sendo um complemento a minha série A Origem...de muitos erros, ao ponto Macaquinhos esquizofrênicos cercando inocentes Alices e ao texto Inteligência III - Apontamentos e divagações sobre moral.



Obs.: Digo "dito como inédito" pois a única coisa que o diferencia de matanças de famílias, dois ou três colegas de trabalho, etc, é simplesmente a escala e o cenário, casos que todos os dis fazem a alegria (perdão, mas é esse o termo) dos jornais do tipo "Diário Sangrento", que atupetam, inutilmente os fóruns de nossas cidades. O porquê do 'inutilmente' será apresentado adiante.

Há sempre um fator de responsabilidade dos familiares, e até de sua religiosidade, se exacerbada e de determinadas teologias apocalípticas, que não percebem as tendências do futuro autor de tais atos e não o encaminham para tratamento...ou internação.

Nota: Um membro da família adotiva de Wellington afirmou que após os ataques de 11/09/2001 ele afirmou desejar "derrubar um avião" ou devaneio similar.



Obs.: Devaneios sãos, amigo leitor, você e eu teremos se sentarmos e começarmos a divagar sobre filmes de ficção científica que poderiam ser escritos ou sobre grandes fábulas morais com índios brasileiros. O devaneio, em si, não é algo patológico. Os maiores escritores de fantasia os possuíram e possuem até por necessidade. Dali e muitos outros surrealistas os expressavam em tintas e materiais a esculpir. O "pequeno problema" é que com raras exceções, os grandes produtores de devaneios não enfiaram mais que uma faca na própria orelha.

Tenho a coragem de afirmar que discordo da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva (autora de Bullying Mentes Perigosas Nas Escolas), pois ao ser apenas uma personalidade esquizóide que chegou ao surto psicótico, Wellington poderia, por exemplo, julgar poder voar sustrentado por Allah, ou ainda atear-se fogo protegido pelo mesmo e, até simbolicamente, saltar em chamas de um dos inúmeros prédios prédios com nomes árabes de nossas grandes cidades, ou ainda, o mesmo, em protesto, de uma de nossas maiores igrejas.

Mas o que o coloca "comum pé" na psicopatia é a realização de ato cruel contra seus semelhantes, coisa que percebemos ser distinta dos inocentes e inofensivos esquizofrênicos em discursos insanos de nossas praças, incapazes de fazer mal a um cachorro de rua.

Obs.: Para nossa sorte, seus discursos foram salvos em vídeo, e permitiram análise por inúmeras autoridades do meio.

Mas percebamos que o infeliz possuia um curiosa moral em seus atos, como no caso em que alertou um um garoto "gordinho" que este seria poupado.

Logo seus atos tinham uma lógica, um método, e não eram dotados do caos típico dos esquizofrênicos e psicóticos.

Além disso, não tratou-se de um pulso (no sentido associado ao termo em física) de fenômenos de delírio, e sim do planejamento demorado e meticuloso, treinamento com os carregadores rápidos de revólver, estes já caracterizando uma logística, e não do ato brusco e imtempestivo, típico dos psicóticos, de pegar o 'martelo de bater bife'  (por exemplo) e matar a mãe por esta "estar possuída por demônios" (caso exemplar, ocorrrido em Canos-RS, nos anos 90).

Nem tampouco o segurar um galho de árvore, e afirmar ser a sagrada bandeira de São Jorge e afirmar ser o detentor de sua sábia mensagem, e subir ao monumento da praça, nu, e pregar às multidões, imaginando um caso típico de delírio religioso.

Então, na minha leiga análise, trata-se de um elaborado delírio místico, o rompimento com a moderação de uma vítima de bullying e um tanto de psicopatia, pois os atos finis não lhe trouxeram proveito algum (lembrando que gosto e prefiro sempre diferenciar o que sejam psicopatas de sociopatas, pelo menos com útil uso dos termos, com respectivamente, como exemplos máximos, Jack "O Estripador" e Adolf Hitler).

O mais triste é que se sobrevivente, Wellington seria claramente inimputável, e nenhum juiz, acredito, aceitaria a argumentação de um promotor pelo seu encarceiramento em cumprimento de pena. Se só esquizóide, seu problema seria basicamente cerebral/mental, logo, a receber tratamento. Se psicopata com traços de esquizofrenia e psicose, totalmente incapaz de se ressocializar e aprender com seus erros. Assim, Wellington é uma pobre vítima de uma variedade de circunstâncias, que infelizmente, nos seus processos mentais, produziu lamentáveis vítimas.



Embora aqui não enverede propriamente pelo científico, tentarei manter a questão em aspectos técnicos e não políticos.


É triste ver políticos afirmarem que o caso nos remete a necessidades de medidas de segurança contra o terrorismo. Terrorismo seria eu entrar com um cinturão com quilos de explosivos feitos no quintal num prédio da receita federal e explodir-me em protesto contra a carga tributária.

É também triste ver autoridades afirmarem que o caso remete ao controle de armas ou medidas de segurança pública. Personagens do tipo de Wellington poderiam entrar numa creche e matar crianças de berço com uma escova de dentes com o cabo afiado (aliás, o que fazem apenados nos EUA e outros países, em penitenciárias de alta tecnologia). O ato insano é imprevisível pela simples razão que é insano.


É igualmente triste ver autoridades afirmarem que o bullying é a origem de tal ato. Certa professora minha, a respeito deste triste caso, afirmou que sendo pequena e ruiva, sofreu bullying, e sua personalidade apenas se fortaleceu. Agradeço cada dia que lembro pelo bullying que sofri, e atribuo muito de minha fortitude e tenacidade nas tarefas que empreendo a este período de minha juventude: pequeno, mais jovem que a maioria de meus colegas, e como diria, "neurocineticamente ainda imaturo".

A atriz Kate Winslet agradeceu em público pelo bullying que sofreu.


O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte. - Nietzsche


Logo, não é o bullying da coletividade de uma escola, a esquizofrenia, a psicopatia pura e simples, o pequeno criminoso que vende a arma,  internet e seus recantos mais sombrios que leva a um infeliz perturbado e delirante sacrificar um grupo de crianças. É o mesmo conjunto de n fatores, estocasticamente conjugados e combinados, ao longo de uma malha de fatos, preocupações infundadas e indiferenças perigosas, atitudes e desprezos, atos e respostas, ações e reações que levaram esquizofrênicos como John Nash ou Bispo do Rosário à genialidade, ou garotas gordinhas ao estrelato, reconhecimento e fama. A vida humana é um caos em processo, e não uma obra de engenharia de variáveis simples.

O relojoeiro não só é cego, mas anda por passos trôpegos.




Olhei para o céu através da fumaça cheia de gordura humana e Deus não estava lá. A escuridão fria e sufocante prossegue eternamente, e nós estamos sós. Vivemos nossas vidas por não termos nada melhor para fazer. Inventamos uma razão depois. Nascemos do esquecimento, criamos crianças tão condenadas ao inferno como nós. Voltamos ao esquecimento. Não há mais nada. A existência é aleatória. Não tem nenhum padrão, salvo aquele que imaginamos depois de encará-la por muito tempo. Nenhum significado, salvo o que escolhemos impor. Este mundo sem leme não é moldado por vagas forças metafísicas. Não é Deus quem mata as crianças. Não é a sina que as esquarteja ou o destino que as dá de comer aos cães. Somos nós. Apenas nós. - Alan Moore, em Watchmen.

Who honors those we love for the very life we live? Who sends monsters to kill us. And at the same time, things that will never die. Who teaches us whats real, and how to laugh at lies. Who decides why we live, and what we’ll die to defend. Who trains us, and who holds the key to set us free. It’s you. You have all the weapons you need. Now fight! - Zack Snyder, diretor de Watchmen - o filme , em Sucker Punch, seu filme de 2011, nitidamente inspirado por Alan Moore.



Algumas pessoas são pontes em nossas vidas, outras são barreiras. (Mimi Matt)



Auroque e carneiros chifrando criacionistas

Criacionistas insistem numa permanente falácia (para não dizer e já dizendo irritante mentira) que constitui a conhecida, após se mostrar a modificação de uma espécie, como os bovinos:

-Ah! Mas continuou vaca!

Mas sempre cito que existem vacas sem chifres, e caprinos com quatro chifres. Estes exemplos de modificações que são gritantemente radicais, mostram primeiramente que as espécies não são fixas, e se não são fixas, modificações de uma espécie ancestral, com características primárias das atuais, por modificações radicais assim, mesmo que em pequenos passos, levarão à espécies tão distintas quanto exatamente são, hoje e já há um passado remoto, os bovinos, os ovinos e os caprinos.

A raça Manx Loaghtan (www.ansi.okstate.edu).

Para entender esta, diria banalidade do processo evolutivo, basta comparar, mesmo aos olhos leigos, os crânios de bovinos, ovinos e caprinos.



Atrevo-me: mesmo dentro da argumentação - no fundo errônea - de distinção entre microevolução e macroevolução, as microevoluções acumuladas levarão ao que seja definido como macroevolução.


Para saber mais sobre uma raça de ovinos de quatro chifres mesmo em território brasileiro e mais um tanto sobre tais animais:

Nogueira Filho - Cocorobó


Sobre a raça Manx Loaghtan,



Manx Loaghtan - www.ansi.okstate.edu

Já o auroque (Wikipedia "PT", "EN") , grande bovino selvagem de onde derivaram os demais bovinos que hoje mostram a imensa variedade que hoje temos, e permanentemente surgem, sua existência não é confirmada por Paleontologia apenas, por fósseis, e sim, por relatos e documentação histórica.

'Bos primigenius', ou 'Uro', surgiu no norte da Índia há dois milhões de anos (Foto: The Art Archive / Musée des Antiquités St Germain en Laye / Gianni Dagli Orti) - almoxarifadoempoeirado.blogspot.com.br


Acredito que não necessitaria mostar imagens de vacas sem chifres, pois mesmo o mais urbano dos criacionistas as conhecem. Mas neste caso, claro que continuou uma vaca! Perdão, um tanto de sarcasmo, que será melhor entendido quando um criacionista, após ser-lhe apresentados estes argumentos simples, afirmar:

Ah! Mas continuou o baramin de todos os bovídeos!

E assim ad infinitum, ad eternum, ad nauseam, muitas vezes em AD BERRUM (direitos a meu amigo Ravick) como de costume.

Juro! Mais uma vez, não resisti.

Nenhuma conclusão agrada mais ao ceticismo do que a que revela a debilidade e a estreiteza da esfera racional e das capacidades humanas. - David Hume


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