terça-feira, 12 de maio de 2009

Star Trek V


Claro que como todo chato (no linguajar de quadrinhos "caça piolho") tenho de achar babadas neste novo Star Trek para abordar temas científicos.

Então, vamos lá.

Proximidade dos Planetas

Um planeta ser perto de outro o suficiente para do primeiro assistir-se seu "colapso gravitacional" é uma bobagem bem rechonchuda.


Planetas distam de tal ordem de distância que vemos Marte, Vênus e Júpiter como "estrelas", e mesmo se estivéssemos em Marte, veríamos o enorme Júpiter como outra estrela, claro que significativamente maior, mas ainda sim, distantes entre si quase 500 milhões de quilômetros na sua menor distância possível, quando ambos estão no periélio (menor distância em relação ao Sol), e forçando a barra para que este se dê quando ambos estão "do mesmo lado do Sol".


Obrigado NASA! (Júpiter é a "estrelona" abaixo de Vesta)


Claro que alguém vai poder me dizer que poderia ser um sistema estelar (ou solar, não sejamos puritanos em termos) de distribuição diferente do nosso, com planetas mais próximos uns dos outros.

ERRADO! Sistemas assim são instáveis, e exatamente isso levou a formação de nossa Lua, na clisão da "Prototerra", ou "Terra I" com Theia, um "Marte" de nós próximo.


Para entender mais detalhes:

Uma interessante simulação do processo:
The Giant Impact Hypothesis

Sistemas solares exóticos (em relação ao nosso), com planetas de órbitas extremamente elípticas, já são mais que conhecidos e dentre os conhecidos, abundantes (e o são por nós abundantes entre os conhecidos exatamente pela maneira como detectamos planetas, pelo "balançar" de estrelas).
Leiam minha blogagem sobre "Sistema Caótico":

Um exemplo de órbita de exoplaneta conhecido (media4.obspm.fr)
Assim, um planeta em posição estável em relação a outro, num tamanho visual no firmamento maior que a nossa Lua, em que pudéssemos assistir seu colapso, sua destruição, pela gravidade, é apenas digno de aplausos para a representação visual de uma dramaticidade, nada mais que isto, tão distante da realidade e de como a natureza se comporta quanto as ondas ou chamas feitas por panos em teatro são do mar ou de um incêndio.

Assistir-se de uma satélite, tal qual nossa Lua de nós é, seria OUTRA COISA.

Supernovas

Digamos que Alfa Centauri, as mais próximas estrelas (é um sistema hoje entendido como triplo, três estrelas orbitando), fosse uma estrela das mais polpudas da Via Láctea, e inicia-se o processo de combustão final, levando à fase do ferro-níquel-cobalto (decorem isso: estrelas que produzem ferro explodem) e estivesse próximo a explodir em uma "nova".

Uma animação de uma explosão de supernova:
Uma explicação bem mais completa:
Supernovas: When Stars Die

Ficando quatro anos-luz de distância da Terra, e lá estando uma nave da federação, perceberia a explosão (a série, especialmente A Nova Geração, possui episódios com tais temas), e de lá sairia em fuga. Chegaria em no máximo poucos dias à Terra, e depois de 4 anos - menos estes alguns dias - chegaria a radiação desta estrela, e um tanto depois, as massas mais aceleradas da explosão, na forma de uma núvem de gás, e tal dicipação poderia demorar até centenas de anos, logo, o problema é com a radiação, destacadamente a gama.

O que restaria seria uma bela nebulosa, durante anos a avançar em nossa direção.

Se nós, pobres humanos da federação, podemos fazer no universo ficcional de Star Trek isso, que se há de dizer dos riquíssimos romulanos e seus recursos imensamente maiores.

Logo, temos de nos preocupar com o aqui e agora para uma "erupção gama", de alguma "nova", mas não com erros de física dos roteiristas (ainda que o castigo dos anos e anos de perversidade dos romulanos tenha recebido um bom castigo!).

Fontes de energia

Aqui tenho de dar o braço a torcer.

Ninguém conseguiu entender melhor para o universo de Star Trek e para toda a ficção científica o que seja o limite de geração possível de energia (e sua utilidade) que os pupilos de Gene Roddenberry e ele próprio.

Antimatéria é a matéria com as "cargas invertidas". Assim, um "anti-átomo" possui pósitrons (como são chamados os anti-elétrons ou "elétrons positivos") em seus orbitais e "prótons negativos" (anti-prótons) em seus núcleos.

Ao colidir matéria com antimatéria, resulta-se somente fótons (o que pode-se dizer que seja energia pura, e algumas partículas residuais). Nenhuma fonte de energia é mais eficiente, pela máxima transformação de matéria em energia. Logo, nada mais certo que usar-se este processo para obter os máximos resultados e as velocidades absurdas da naves "warp".

Para quem acha que tal é insano, recomendo atualizar-se:

ANTIMATTER ENGINE

http://www.wipo.int/pctdb/en/wo.jsp?wo=2002086317

Para entender fundamentos mais triviais da questão:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Antimat%C3%A9ria

Entender-se que o seja antimatéria está não só no nosso futuro e na ficção, mas na origem de nosso universo e seu conteúdo de matéria, e começa-se a entender o que seja isso quando se entende o que é "produção de par":
Ou, graficamente:






Luz produz matéria, e no sentido inverso do gráfico acima, temos uma anulação de par, e matéria produz luz - energia, e movimento - e destes indo aonde jamais alguém esteve.

Já berílio é só um elemento escolhido pelo nome bonitinho. ;)

2 comentários:

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